quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Gentil, o mineiro cordato

Gentil Naves Figueiredo é do tempo da política sem salários, preço justo no café e palavra valendo mais do que o escrito
O editor do Blog está em Três Corações, no Sul de Minas.
E hoje mostra um personagem importante na cidade: o mais antigo cafeicultor ainda em  atividade em Minas Gerais,  Gentil Naves Figueiredo, um mineiro de quatro costados, 98 anos, lúcido e ainda ativo para reclamar dos baixos preços do café no mercado internacional e dos altos custos dos insumos no mercado interno.

Ele reclama do preço, mas o faz mais pelo cacoete de todo fazendeiro, acostumado a reclamar do governo e suas promessas nunca cumpridas.
Gentil nasceu em Carmo da Cachoeira, também no sul de Minas, esteve como vereador na primeira legislatura da cidade, lá no início do século passado, sem salário ou benefícios, pois naquela época ser político era dedicação à causa pública e não negócio de vida, como hoje.

O cafeicultor tem duas filhas, Elisabeth e Raquel, um genro e uma neta, Isabela,  morando no exterior.

Dono de memória privilegiada e muitos casos de vida, este mineiro típico gosta de lembrar da usina hidrelétrica que implantou em sua propriedade na Serra das Abelhas, município de Três Corações, durante a segunda grande guerra mundial. “E olha, energizava bem, até mesmo sem estas constantes quedas de energia que hoje ocorrem e que nos faz perder alimentos estocados em freezers e geladeiras.”


Sua fazenda continua muito bem servida de nascentes de água boa e limpa, recebe um córrego de dois metros de largura e apresenta ao distinto público uma preciosidade negra: 23 centenários pés de jabuticabas, carregadinhos, carregadinhos, de frutos doces e frequentados por macaquinhos e quatis, “sócios” anuais a cada temporada.

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