sábado, 23 de maio de 2015

A boa vida dos poodles da fiscal de rendas


"Filhos...filhos. Melhor não tê-los. Mas se não os temos, Como sabê-lo?", cantava, no “Poema Enjoadinho”, o nosso “poetinha” Vinícius de Moraes. Pois João, de 17 anos, e Teodoro, de 11, são os filhos que dona Léa Duarte não teve.

Os dois poodles têm vida de rei. A comida é feita com três tipos de ração premium misturadas, com carne de músculo ou acém, cozida durante hora e meia. Depois de retirado o caldo de gordura, acrescente-se algumas cenouras e está pronto o menu.

Todas as manhãs, sem coleira, os dois acompanham o passeio de Léa pela pista do Parque. Os cães obedecem ao comando de parar antes de atravessar a rua, “olha o carro”, diz ela, o que fazem somente após a ordem da dona: “correndo, correndo”. As roupinhas é ele mesma quem faz, para se distrair.

Dona Léa tem ainda uma gatinha, Leandra, e se lembra com saudades de outro poodle, Negão, que viveu até os 22 anos de idade.

Aos 81 anos, a mineira de Caratinga mora há três no Bairro São Bento, depois de uma vida inteira na capital paulista. Fiscal de rendas aposentada, hoje se arrepende de ter ouvido os apelos da irmã, que mora no Bairro de Lourdes, deixando São Paulo.

Belo Horizonte é pouco para ela, que se acostumou aos ares da metrópole paulistana. A receita para viver bem? “Não se casar e não ter filhos”, responde, de pronto. “Filhos são um investimento alto de retorno duvidoso”, arremata. E acrescenta: “Um bom emprego também é essencial”.

Dona Léa escolheu o São Bento por conta do Parque, mas sente falta de bons locais para passear em BH. Por aqui, quando sai, vai imponente na sua SUV Tucson, com motorista.

Ah. E ela não permite ser fotografada, por segurança.(Post Tetê Rios)


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