Vegetação exuberante, dois PMs e uma garça. Estas a cenas
desses dias de chuva no Parque da Barragem Santa Lúcia.
Os jogadores de futebol nos campos de terra adiaram suas
partidas.
Os policiais Jardel e Patrício cumpriam sua jornada diária.
Os caminhantes resolveram dar um tempo. Esperam pelo sol,
que a chuva é mais para a natureza do que pela natureza dos homens.
Em “Cem Anos de Solidão”, Gabriel Garcia Marquez diz que na
cidade de Macondo "choveu durante quatro anos, onze meses e dois dias...O
céu desmoronou-se em tempestades de estrupício e o Norte mandava furacões que
destelhavam as casas, derrubavam as paredes e arrancavam pela raiz os últimos
talos das plantações... A atmosfera estava tão úmida que os peixes poderiam
entrar pelas portas e sair pelas janelas, navegando no ar dos aposentos...Foi
preciso abrir canais para escorrer a água da casa e desimpedi-la de sapos e
caracóis, para que pudesse secar o chão, tirar os tijolos dos pés das camas e
andar outra vez de sapatos. "
Em Belo Horizonte, no Parque Santa Lúcia, por enquanto, sapos e caracóis ficam por ali, na beira do lago, junto às taboas, as Thypha domingensis.
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