Alto, forte, tatuagem no braço, Cláudio Rodrigues de Souza (foto) desfila tranquilamente pela pista do Parque da Barragem com seu reluzente cordão de ouro, relógio idem, aliança também, tudo fruto de muito trabalho, como ele mesmo faz questão de dizer. Seu porte impõe respeito.
Não tem medo de ser assaltado, porque é conhecido de todos. Nascido e criado no Aglomerado Santa Lúcia, Cláudio tem dois filhos, está no segundo casamento, e, depois de muitas estripulias na juventude, criou juízo, para felicidade de sua mãe, sempre preocupada com o filho rebelde.
Muitos de seus amigos de infância já morreram, vítimas do tráfico ou das drogas. Ele sobreviveu. Há seis anos, trabalha como porteiro e a carteira assinada lhe trouxe não somente a tão almejada estabilidade, como também a admiração da comunidade.
Acostumado a desfrutar de poucas horas de sono, admite que dá umas cochiladas durante a noite, no trabalho, mas dormir mesmo, somente em casa, depois de um plantão de 12 horas, das sete da noite às sete da manhã.
“O porteiro é o espelho do edifício, tem de estar atento o tempo todo. Qualquer movimento suspeito, eu chamo a Polícia”, explica.
Sua segunda mulher, Cléo, foi decisiva na mudança radical de vida. Cuidadora de idosos, com excelentes referências, Cléo pode ser encontrada pelo telefone 9 8824 6286.
Decidido, ele revela seus planos para este ano: “tirar” a carteira de habilitação e comprar uma casa. Com certeza, ele chega lá. (Post Tetê Rios)
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