Moradora do São Bento há 12 anos, a psicanalista Valéria Brasil (foto) acompanha a história do Parque da Barragem desde o início de sua construção. Pelo menos três vezes por semana ela cumpre caminhada prazerosa na pista, exercício intercalado com a musculação na academia, pra manter a forma.
“Caminhar num espaço livre como o parque é um momento em que a pessoa pode pensar, encontrar soluções”, observa a profissional.
Sobre o atual momento vivido pelo país, a psicanalista nota que a crise deixa as pessoas com um sentimento de desesperança, o que a inibe de achar soluções para determinadas situações ou questões de sua própria vida.
Na sua opinião, a perda do poder aquisitivo traz consequências imprevisíveis na vida do cidadão, que geralmente demora a aprender a lidar com a nova realidade. “É muito difícil”.
Para ela, o turbilhão pelo qual o país atravessa se deve, principalmente, ao fato de não ter feito o dever de casa corretamente.
“Sinto que o Brasil alçou um voo de galinha, e não de gaivota”.
Embora goste do parque da Barragem, Valéria reclama da falta de manutenção mais constante. Mas observa que isto não é apenas um papel do Poder Público, mas também dos usuários:
“As pessoas são egoístas, o coletivo é algo que elas não têm dentro de si”, analisa.
Para a psicanalista, seriam necessárias várias ações para mudar a mentalidade das pessoas, especialmente um trabalho de educação constante. (Post Tetê Rios)
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