terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Engenheiro da Cemig prevê uma década para recuperação do rio Doce


Neste janeiro de pouco movimento no parque da barragem, quando os belo-horizontinos aproveitam as férias escolares para viajar, transformando a capital em verdadeiro oásis de tranquilidade, com trânsito ameno, muito diferente de outros meses do ano, quem curtia a manhã de sábado com a família era o engenheiro químico Tiago Brito.

Junto da mulher, Juliana, da filhinha Luísa, de um ano e três meses e das cachorras Chanel, uma westi branca e Gentil, a pretinha, SRD (sem raça definida, o nome que agora é politicamente correto para os bons e velhos vira-latas), Tiago parou para um suco de coco depois de um bom passeio pelo espaço.

Morador do Estoril, ele gosta de levar a família ao parque aos fins de semana por causa da filha e das cachorrinhas: “temos a lagoa, o parque é muito arborizado, o ambiente é bom, a gente sente que a segurança melhorou muito”, observa.

Funcionário da Cemig, Tiago atua na área de tratamento da água, e acha que Minas conseguiu se segurar nestes tempos de seca. “Felizmente, temos a Copasa, que é referência nacional”, diz ele.

Embora não atue diretamente com o meio ambiente, o engenheiro acredita que o ecossistema do Brasil nunca mais será o mesmo, depois do rompimento da barragem da Samarco e da chegada da lama ao litoral baiano. 

“Ali fica a maior barreira de corais do Brasil, e a lama vai traçar um outro cenário, que ainda não podemos dizer qual será”, lamenta.

No entanto, diferentemente dos mais pessimistas, Tiago acredita que, em uma década, o Rio Doce estará plenamente recuperado do desastre. “O problema maior é o cidadão que depende do rio para sobreviver”, afirma o profissional. (Post Tetê Rios)

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