Agnaldo Neves (fotos) é armador, aquele trabalhador especializado em ferragens na construção civil. Um trabalho que ele exerce com prazer, desde que abandonou a profissão de professor de capoeira.
Trocou de profissão, aliás, por motivos financeiros, já que as aulas eram um trabalho voluntário, como integrante do Projeto Fica Vivo, dirigido a crianças e adolescentes da comunidade do Alto Santa Lúcia.
Foi ali que Agnaldo nasceu e foi criado. Hoje, aos 38 anos, ainda solteiro, já pensa em arrumar um namoro sério para se casar e criar uma família.
Ele exerce seu trabalho desconhecendo a palavra crise, que se abateu na maioria dos setores da economia nacional, entre eles a construção civil.
É que o ofício de armador não é pra qualquer um, como explica Agnaldo. Ele chega a ser disputado por várias empresas, mas permanece fiel ao seu atual patrão.
Três vezes por semana, bate o ponto na pista do Parque, principalmente aos sábados e domingos, quando não trabalha e dedica as manhãs aos exercícios físicos.
Todo paramentado, com luvas e cotoveleiras, ele chama a atenção dos caminhantes com suas estripulias, como caminhar rápido, de costas, ou dar piruetas dignas de campeões de capoeira, ou mesmo ao se exercitar nos equipamentos, quando demonstra uma flexibilidade de fazer inveja a qualquer atleta experimentado. (Post Tetê Rios)
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