Antônio de Fátima
da Silva frequenta o parque da barragem desde a sua criação, em 1996, mas
antes disso já morava por ali, e pode contar todos os passos dados na
construção da pista de caminhada, o plantio da grama, a arborização planejada,
a instalação das barracas de bebidas e alimentos, a construção recente dos
banheiros, um alívio para os frequentadores.
Antônio de Fátima da Silva pouco sorri, tem 57 anos, uma
filha que mora com a mãe e diariamente acompanha com os olhos os praticantes de
caminhadas.
Antonio perdeu a perna direita num atropelamento quando
tinha 25 anos. Colocou uma prótese acima do joelho e continuou trabalhando como
apontador do jogo de bicho, pagando a previdência social como autônomo.
Aos 49 anos, em 2005, ali no aglomerado, foi atropelado
novamente. E perdeu a outra perna. Hoje usa duas próteses, anda de muletas e
passa horas, ali na barraca do baiano açaí, vendo as pessoas caminharem.
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