Fotógrafo premiado, Júlio Bernardes (na foto, em primeiro plano, com os agricultores Matheus Siqueira e sua mulher Keila), passou por vários veículos da grande mídia, como o jornal O Globo e a revista Veja.
Mas há anos trocou a vida agitada das redações e das capitais pela tranquilidade do campo. Em 2015, fundou a CSA (sigla internacional de Community Supported Agriculture, ou seja, Comunidade que Sustenta a Agricultura). E tornou-se o Júlio das hortas.
Neste mês de maio, por meio de uma parceria com a Prefeitura de BH, Júlio, que é o gestor do projeto, poderá ser encontrado todos os sábados no Museu Histórico Abílio Barreto, que está para se tornar um novo ponto de entrega das cestas de produtos orgânicos. O objetivo é atender à população da região centro sul da capital.
Júlio explica que a CSA é um movimento social de economia popular solidária que conta com assistência técnica da Emater/MG. Reúne agricultores familiares e consumidores de alimentos agroecológicos/orgânicos da capital, unidos por uma alimentação saudável.
As cestas são entregues aos sábados, e têm folhas, raízes e frutas da estação, tudo produzido sem agrotóxicos.
Os consumidores, chamados de coprodutores, recebem alface, rúcula, couve, agrião, almeirão, brócolis, manjericão, hortelã, hortelã-pimenta, abobrinha, berinjela, cenoura, beterraba, nabo, jiló, pimentão.
E ainda frutas da época, como banana, limão, mexerica, abacate, manga, acerola, goiaba. “Também compõem as cestas as chamadas PANCs (plantas alimentícias não convencionais), como serralha, beldroega, caruru, azedinha, peixinho, ora-pro-nobis, picão”, ressalta.
Mas a parceria não se resume a produzir e a consumir. Segundo Júlio, o grupo busca também manter uma relação de amizade e confiança, em que riscos e benefícios são divididos entre todos os participantes, dependendo do resultado da colheita.
Entusiasmado, ele diz que o projeto está dando tão certo que já tem fila de espera, tanto de coprodutores como de agricultores. O agricultor Mateus Siqueira, (foto) que foi o primeiro a acreditar na ideia, está aumentando a área de plantio e a variedade de produtos, com a ajuda dos filhos Keila e Elvis. O rapaz era caminhoneiro e Mateus realizou o sonho de tirar o filho da estrada para ajudá-lo na horta.
Uma particularidade do projeto é que não existe relação de compra e venda na CSA.
“A única forma de adquirir os produtos da CSA é participando da comunidade, mediante o pagamento de uma taxa de inscrição e da mensalidade, atualmente R$ 150 por mês para uma cesta familiar, suficiente para quatro pessoas.
Quem quiser saber mais detalhes pode ligar para Júlio Bernardes - Whatsapp: 31-98606-0639/(31)3672-7694 ou mandar um email para juliodashortas@gmail.com (Post Tetê Rios)
Nenhum comentário:
Postar um comentário