Evanilda Costa Silva (foto) é dona de casa, mãe de três filhos, de 15, 12 e nove anos. Nascida e criada no Morro do Papagaio, tem o Parque da Barragem como o seu grande quintal, para onde se dirige todas as manhãs, de segunda a segunda, para longas caminhadas de seis a oito voltas na orla da lagoa.
Experiente faxineira em edifícios, Evanilda engrossa as estatísticas do desemprego no país: está há mais de um ano sem um trabalho fixo. No momento, ter a carteira de trabalho assinada é o grande sonho de sua vida.
“Antes, a gente escolhia aonde ia trabalhar. Se enjoava do serviço, saía e na semana seguinte já estava empregada novamente. Agora, tudo mudou. Já entreguei muitos currículos, fiz várias entrevistas, mas até o momento ainda não fui chamada. A gente recebe muitos ‘nãos’”, lamenta.
Felizmente, conta ela, o marido é carpinteiro, empregado especializado na construção civil, e continua firme no trabalho na mesma empresa, há mais de oito anos.
Enquanto não consegue a tão sonhada recolocação, Evanilda tenta se modernizar e, para tal, espera uma vaga no curso de Informática Básica das Obras Pavonianas.
Enquanto caminha, vai contando de suas preocupações com a criação dos filhos, que ela faz questão de não deixar “na rua”. Tem medo da pedofilia e da violência, e tenta criar os filhos como foi criada, “dentro de casa, sem contato com as más companhias”.
Politizada, reclama do Governo Dilma: “Ela fez muita coisa errada. As consequências estão aí, desemprego, caos na saúde. A corrupção que a gente ouve todo dia é uma afronta à população”, reclama. (Post Tetê Rios)
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