Vice-presidente da Abav (Associação Brasileira de Agentes de Viagem) nacional, José Maurício Miranda Gomes (foto) não é lá um grande adepto das caminhadas. Prefere jogar uma pelada. Mas, de vez em quando, arrisca um passeio aos domingos pela Avenida Prudente de Morais, próximo de casa, para rever amigos e bater papo.
Foi lá que ele conversou com o Blog sobre o cenário nacional. O líder empresarial, proprietário da ABC Turismo, demonstra sua enorme preocupação com o setor turístico brasileiro na conjuntura atual.
Para ele, mais do que as flutuações do câmbio e a alta exagerada do dólar, é a incerteza sobre os rumos da economia que tem freado as viagens, fazendo antever um futuro incerto para o turismo no Brasil.
Maurício explica que a migração de turistas das viagens internacionais para as nacionais não compensou a queda geral. “O problema é que o turismo interno apresentou uma queda muito acentuada, que não foi compensada por esta migração”, explica.
Mesmo assim, o turismo interno continua em crescimento: dados do Ministério do Turismo, divulgados na semana passada, indicam que 70,9% das pessoas que pretendem viajar neste ano procuram por destinos nacionais.
Os motivos para isso, ainda de acordo com o órgão, são a alta do dólar, a visibilidade do país após a Copa do Mundo e o calendário favorável, com os feriadões de 1º de maio, 4 de junho, 7 de setembro, 12 de outubro e 2 de novembro que, juntos, devem movimentar R$ 18,66 bilhões em todo o país. Além da Semana Santa, Carnaval, Natal e Ano Novo, que por serem fixos, foram excluídos do cálculo.
Outro setor que vê as vendas despencarem é o turismo de negócios: segundo José Maurício, somente em BH esta área experimentou uma queda de 50%. “Nem a criatividade está salvando os negócios”, lamenta o líder classista. Na sua opinião, a solução passa pela recuperação da economia nacional, o que está longe de ser conquistado. (Post Tetê Rios)
Grande abraço Mauricio. Que bom vê-lo mesmo que foto e reportagem.
ResponderExcluirMagno Marconi
magnomarconi@gmail.com