Um prédio abandonado e o envelhecimento da Cidade Jardim: uma tese de graduação para a futura arquiteta Jessika Marques. |
Jessika Marques
está no décimo período da Escola de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Minas. Ela se forma este ano e está preparando seu Trabalho Final de
Graduação (TFG) com o título de “Intervenção na Paisagem Cultural da Cidade
Jardim”, por sugestão se sua professora Rita
Veloso, que mora no bairro.
A estudante quer desvendar, afinal, a destinação
do prédio abandonando onde funcionou a Faculdade de Odontologia da UFMG,
construção modernosa, tombada pelo patrimônio histórico, vazia e depredada há
12 anos, e que agora vai receber, finalmente, o Museu Nacional de Ciências
Forenses, a ser implantado pelo Departamento de Polícia Federal, superintendência
de Minas Gerais.
A implantação do Museu está sendo analisada pelos moradores
da região com olho crítico. Afinal, o Museu Forense, ao lado do Abílio Barreto,
vai constituir um novo polo cultural na área, com todas as benesses e
problemas.
Os maiores, o trânsito, estacionamentos, e até a convivência em um
bairro como o da Cidade Jardim que envelheceu, tem sobre si a possibilidade de
tombamento de 80 residências, entre as 240 existentes, e destinações comerciais
em ruas que não as permitem.
Jessika Marques conhece o mundo, estagiou por um ano em Roma,
no prestigiado Studio Amati, encara a arquitetura como a arte das formas e
volumes, e suas representações no espaço. Entende que a solução para a
área vai passar pelo bom senso.
Ela esteve no interior do depredado prédio da Odontologia e o registrou num álbum "A Estética do abandono. As fotos abaixo são apenas algumas das cenas de horror,
lamentáveis, de um imóvel público até agora sem serventia social.
O interior do prédio da antiga Faculdade de Odontologia está deplorável. |
De um fato, todos temos certeza: o prédio da Odontologia precisa ser ocupado com urgência. |
O átrio do prédio, outrora espaço de convivência de universitários, hoje, degradado, serve para o lixo e criatório de mosquitos. |
Um Museu de Ciências Forenses poderá ser a luz no fim do túnel. |
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