quinta-feira, 30 de abril de 2015

A arte como gatilho para uma nova vida na maturidade


O que leva um administrador aposentado a retornar aos bancos escolares e iniciar, na terceira idade, um curso superior de Belas Artes, e numa escola especial, a Guignard, de Belo Horizonte, ali no bairro das Mangabeiras?

Eduardo Tolentino (foto) caminhava todos os dias na pista do Parque da Barragem, mas agora só de vez em quando, pois voltou a estudar, desta vez artes plásticas, uma paixão antiga.

Agora aposentados, ele e a mulher, ex-professora de Comunicação, com a filha formada, morando em Arequipa, no Peru, onde realiza trabalho social, Tolentino desenferrujou as mãos, dedos ágeis no crayon e papel Canson, passa seus dias na prestigiada Escola Guignard, projetada pelo renomado arquiteto mineiro Gustavo Penna.

Como inúmeros caminhantes da pista do parque, Eduardo não gosta de ficar parado e entende que precisa dar asas à imaginação, criar, projetar, pintar, realizar, tirar da vida o prazer de estar vivo, com saúde e ativo.


Ele comenta que agora, ao caminhar no parque, seus olhos enxergam mais do que viam antes, pois sua visão do “entorno” se alterou. 

“A gente se comporta como um fotógrafo que caminha com a máquina nas mãos e olha, procura, sempre por novos ângulos”.

Como o pássaro abaixo (sabiá?), pousado ali na cerca do campo de futebol.


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Yolanda, 89 anos, caminha, limpa a casa e ainda dá boas risadas


Dona Yolanda Gonçalves Rezende (foto) tem 89 anos bem vividos. É um exemplo de longevidade com saúde. Há mais de 20 caminha diariamente pelo Parque da Barragem.

Todas as manhãs, lá está ela, simpática, cumprimentando um aqui, outro ali. Depois de uma queda em casa, reduziu o tempo das caminhadas: atualmente, anda por meia hora, amparada por uma bengala, sugestão do médico para lhe dar mais segurança. 

“Até em casa eu uso a bengala, pois os acidentes domésticos são os mais perigosos na minha idade”, explica.

Considera-se uma das mais antigas moradoras da Vila Paris: sua casa foi uma das primeiras a serem construídas quando chegou ao bairro, há mais de 50 anos. “Era muito mato, tinha até uma fazendinha ao lado de onde hoje é o Parque. Vi o bairro crescer”, conta.

Tem saudades daquele tempo, “quando não havia ladrão, nem bandidos. A gente andava tranquilamente”.

Para dona Yolanda, a receita de longevidade com saúde e disposição é não parar nunca. “Acordo às seis da manhã e vou dormir às 10 da noite. 

Faço de tudo em casa. Só tenho uma faxineira, uma vez por semana. Tudo o que eu fazia aos 50 anos continuo fazendo hoje”, diz, orgulhosa.

O marido, Antônio Rezende, também mantém uma rotina de trabalho árduo: todos os dias vai à Cidade Industrial, onde é construtor de casas.

Mãe de uma única filha, Ana Rita, dentista, e avó de uma neta, dona Yolanda diz que é muito paparicada por ambas. “Elas fazem de tudo por nós, se temos saúde e estamos bem é graças a elas”, admite.

Mineira de Araxá, logo que se casou mudou-se para Belo Horizonte. De uma família grande, de nove filhos, ainda tem hoje duas irmãs, a mais velha e a mais nova, que ainda moram no Triângulo Mineiro, para onde viaja de vez em quando, para revê-las. (Post Tetê Rios) 

terça-feira, 28 de abril de 2015

Na BH Força é assim. Os cães aguardam seus donos no saguão da academia


Tatiana Fontes (foto) é a proprietária, junto com o marido, Marcos Dumont, da BH Força, academia na Arthur Bernardes, pertinho do Parque da Barragem.

Ela atua na recepção e na administração, enquanto o marido, que é atleta, fisiculturista e personal trainner, é o responsável por orientar os alunos e acompanhar os seus progressos nos exercícios físicos.

O diferencial da academia é que os pets podem acompanhar seus donos enquanto eles se exercitam. Mesmo quem não tem cachorro aprova a novidade, conta a empresária.

Amante de cães e uma entusiasta da adoção, Tatiana tem oito: seis vivem com sua mãe, em ampla casa com quintal, no Bairro Padre Eustáquio. 

A Golden Retriever misturada com Rottweiler Pandora e a vira-lata Meg vivem com ela, em seu apartamento no Bairro Santo Antônio, onde contam com uma área grande para brincar.

Tatiana leva as cachorras ao Parque todos os domingos, e também nos dias de semana, à noite, para um passeio desestressante.

Pandora é mais brava, e está sendo adestrada, mas se dá super bem com Meg: ambas, com pouco mais de um ano e meio de idade, foram criadas juntas desde pequenininhas. (Post Tetê Rios).

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Dimas e Tolentino, amizade como os pequizeiros de Montes Claros


O empresário Dimas Figueiredo e o engenheiro José Carlos Tolentino (foto) são amigos. Amizade das antigas, desde aqueles bons tempos lá em Montes Claros, quando olhavam as pernas das irmãs alheias, em ousadas mini saias nos anos 60.

Em Belo Horizonte, cada um no seu canto. Tolentino recebia visitas do amigo na república ali na Floresta, ele que estudava perto, na escola de Engenharia da UFMG.Dimas, falante até hoje, muito bem informado, sempre com novidades da terrinha.

Dizem que amigo de verdade não é aquele que bate nas costas do companheiro e diz vá em frente, mas aquele que vai junto. Nesta amizade, porém, cada um seguiu seu caminho, Tolentino na Cemig, agora aposentado, Dimas um fortíssimo empresário na área têxtil.

Tolentino comentava na caminhada desopilativa no Parque da Barragem que vai para uma aventura no deserto do Atacama, no Chile. 

Com mais dois amigos, sem data para voltar, sentir o cheiro do silêncio, mascar umas folhas para suportar a altitude daquela aridez.Dimas disse, vai em frente, que, nessa, amigo, não posso ir junto.

A amizade dos dois é como os pequizeiros lá de Montes Claros, de raízes profundas, nenhuma ventania do Atacama consegue derrubar.

O pequizeiro dá frutos de gosto forte. Quem estiver longe vai sentir uma saudade doida de seu aroma.

Almoço no Pé de Cana e Caminhada da Inconfidência

Marcia Helena Marrazzo Oliveira, José Emílio Afonso e Elisabeth Andrade Figueiredo Santos (foto de Eustáquio Augusto dos Santos)
José Emilio Afonso comentava neste domingo, em almoço no Bar do Antonio - Pé de Cana, no Luxemburgo, sua proeza da semana. Participou no sábado da 34ª Caminhada da Inconfidência, uma tremenda esticada de pernas, destas de dar câimbra e tudo mais, nos caminhos entre Ouro Preto e Ouro Branco. O pessoal caminha nas estradas, trilhas, passa por rios e riachos, para em botecos, uma diversão o dia inteiro.

domingo, 26 de abril de 2015

Consuelo circula, conversa e pergunta muito. Ela pesquisa a opinião pública


Consuelo Morais (foto) mora na Vila Paris e há oito anos exerce uma atividade dinâmica, a cada dia em um lugar diferente, falando com pessoas diferentes, mas sempre lidando com o público.

Ela é pesquisadora, e tirou a manhã de sábado para realizar seu trabalho em locais de grande fluxo de pessoas, como o ponto de ônibus, por exemplo.

Embora não seja funcionária fixa de um instituto de pesquisa, Consuelo diz que não pode reclamar: há sempre trabalho por fazer.

Apesar de o salário não ser lá essas coisas, como diz ela, o que compensa é a comunicação direta com as pessoas.

A pesquisadora observa que a tecnologia ajudou demais a área, reduzindo o tempo gasto nas entrevistas. “A não ser quando são gravadas”, explica, como esta que está realizando atualmente, mas sobre a qual é proibida de dar qualquer detalhe.

Cada entrevista dura em torno de 50 minutos. Consuelo só diz que é para o governo, e que é uma pesquisa geral com a população, sobre tudo.   

Tem de ser feita em locais onde há sempre muita gente, como o Parque da Barragem nas manhãs de sábado

sábado, 25 de abril de 2015

O Parque, sombras e reflexos


O Parque da Barragem Santa Lúcia é usufruído por milhares de pessoas, todos com o objetivo de passar alguns minutos, horas agradáveis em caminhadas lúdicas.

Cada um o enxerga a seu modo peculiar. O fotógrafo que clica mil vezes a mesma cena de repente resolve colocar um novo olhar, brincar com as cores, mostrar as formas e variedades possíveis de a natureza se nos apresentar.


As duas fotos foram editadas de maneira simples. Mas vejam, o nosso parque tem outras faces.


Crise chegou forte também no turismo. José Maurício está preocupado


Vice-presidente da Abav (Associação Brasileira de Agentes de Viagem) nacional, José Maurício Miranda Gomes (foto) não é lá um grande adepto das caminhadas. Prefere jogar uma pelada. Mas, de vez em quando, arrisca um passeio aos domingos pela Avenida Prudente de Morais,  próximo de casa, para rever amigos e bater papo.

Foi lá que ele conversou com o Blog sobre o cenário nacional. O líder empresarial, proprietário da ABC Turismo, demonstra sua enorme preocupação com o setor turístico brasileiro na conjuntura atual.

Para ele, mais do que as flutuações do câmbio e a alta exagerada do dólar, é a incerteza sobre os rumos da economia que tem freado as viagens, fazendo antever um futuro incerto para o turismo no Brasil.

Maurício explica que a migração de turistas das viagens internacionais para as nacionais não compensou a queda geral. “O problema é que o turismo interno apresentou uma queda muito acentuada, que não foi compensada por esta migração”, explica.

Mesmo assim, o turismo interno continua em crescimento: dados do Ministério do Turismo, divulgados na semana passada, indicam que 70,9% das pessoas que pretendem viajar neste ano procuram por destinos nacionais.

Os motivos para isso, ainda de acordo com o órgão, são a alta do dólar, a visibilidade do país após a Copa do Mundo e o calendário favorável, com os feriadões de 1º de maio, 4 de junho, 7 de setembro, 12 de outubro e 2 de novembro que, juntos, devem movimentar R$ 18,66 bilhões em todo o país. Além da Semana Santa, Carnaval, Natal e Ano Novo, que por serem fixos, foram excluídos do cálculo.

Outro setor que vê as vendas despencarem é o turismo de negócios: segundo José Maurício, somente em BH esta área experimentou uma queda de 50%. “Nem a criatividade está salvando os negócios”, lamenta o líder classista. Na sua opinião, a solução passa pela recuperação da economia nacional, o que está longe de ser conquistado. (Post Tetê Rios)

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Pet Shop, um negócio para latir e miar de felicidade

Paulo Dias, Michelle Dias e Michelle Lessa, da Madame Pet, negócio sem crise
Michelle Dias é administradora de empresas, trabalhava na iniciativa privada, mas sempre pensou em gerir o seu próprio negócio. No ano passado, deu o “pulo do gato”: depois de muita pesquisa, inaugurou, no Bairro Santo Antônio, a Madame Pet – estética, acessório e veterinária.

“A única coisa de que me arrependo é de não tomado esta decisão antes”, comemora, feliz. Michelle sempre teve cachorros, e diz que hoje faz o que gosta.

Com ampla clientela no bairro e nos arredores, Michelle tem uma veterinária fixa, sua xará, Michelle Lessa, que dá consultas e controla a vacinação. A clínica oferece ainda banho, tosa, rações, acessórios, brinquedos e um serviço de táxi dog, que busca e devolve cães e gatos nas casas, facilitando a vida dos fregueses.

A maior demanda na clínica, segundo a especialista, é a área de doenças de pele, como dermatites e alergias. Além, é claro, do banho e das tosas, indispensáveis à saúde dos pets.

O setor pet, aliás, vai de vento em popa no Brasil em plena crise. Os dados são indiscutíveis: o mercado mundial de animais de estimação movimenta US$ 98,4 bilhões por ano em todo o mundo.

Com uma população superior aos 100 milhões de animais de estimação, no Brasil o que não falta é demanda para que empresas do setor pet cresçam e apareçam. 

Dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), mostram que, no ano passado, o setor movimentou no país R$ 16 bilhões, alta de 8,2% ante o ano anterior.

O segmento de pet food (alimentação) lidera a lista de atividades que fazem parte deste universo, seguida pelo setor de serviços, cuidados com animais — que vão de equipamentos a acessórios e produtos para higiene. 

O setor veterinário também está entre os que puxam o crescimento deste mercado no país, considerado o segundo maior da indústria pet no mundo, atrás dos Estados Unidos e à frente do Reino Unido, França e Alemanha.

Do universo de empresas que atua no segmento, 33,5 mil são de pequenas e médias empresas, isso apenas no varejo de pet shops, segundo dados do Instituto Pet Brasil. Quem quiser conhecer a Madame Pet pode ligar para o 3293-4180. (Post Tetê Rios)

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Lourdes vai ao parque mas não caminha, ela faz crochê para formar a filha


No próximo dia 27 de abril, comemora-se o Dia da Empregada Doméstica, aquela que nos dá condições de sairmos para batalhar o pão nosso de cada dia, nos ajuda a criar nossos filhos e, não raro, torna-se nossa grande amiga, agregando-se à família.

É assim a história de Lourdes Martins Figueiredo, que há 29 anos trabalha na mesma casa, no Bairro Santo Antônio. Quando começou, as duas filhas do casal eram pequenas, que viu crescerem, tornarem-se adultas, se casarem.

Neste meio tempo ela também teve uma filha, Rosimeire, hoje com 21 anos, estudante de Educação Física. Seu maior sonho é ver a filha se formando na Universo.

Como não conseguiu o Fies, ela se vira para pagar a faculdade: além do trabalho doméstico, faz faxinas aos sábados e feriados e, nas horas vagas, panos de prato para vender.

Moradora do Bairro Santa Mônica, atravessa a cidade todos os dias para trabalhar. Antes de pegar no batente, passa umas horinhas no que considera o seu ateliê: um banco do Parque, onde faz os bicos de crochês nos caprichados panos de prato.

Não lhe faltam encomendas: ali mesmo produz, ali mesmo comercializa toda a sua esmerada produção. Lourdes vai se aposentar no ano que vem e poderá usufruir dos novos direitos trabalhistas da classe, como o FGTS.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil é o país que mais possui trabalhadores no setor doméstico. São nada menos de cerca de 7,2 milhões trabalhando em casas de família.  (Post Tetê Rios)

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Os cães merecem, camas macias e todo conforto na hora de dormir


Simone Lacerda (foto) trabalhou durante muitos anos na operadora de telefonia Claro. Gostava do que fazia, mas seu sonho era ter o seu próprio negócio.

Dona de três cachorros, a ideia de tornar-se a própria patroa surgiu quando resolveu fazer uma caminha para cada um. Pronto, surgia mais uma empresária no mercado.

Largou o emprego, abriu a Mr. Dog, e tornou-se fabricante de camas para cachorros e gatos. 

Simone faz tudo: compra a matéria prima – tecidos, cetim, push – divulga a empresa, comercializa e entrega os produtos.

Em um ano, conquistou o sucesso: firmou várias parcerias com lojas de pet, vende no varejo e no atacado, vê a demanda pelos produtos crescer a cada dia. 

Ela é mais uma na cadeia de um setor que desconhece a palavra crise: o Brasil, quarto país em população animal do mundo, é o segundo colocado mundial no mercado pet, perdendo apenas para os Estados Unidos.

No domingo, estreou seus produtos na Avenida Prudente de Morais, durante ação de adoção de cães promovida pela Sociedade Protetora de Animais. 

As caminhas, que custam em média R$ 80 no mercado, estavam sendo vendidas por apenas R$ 20 para quem adotava um cãozinho.

Para Simone, além de ser dona do próprio nariz, de fazer os seus horários, um dos maiores motivos para ingressar no mercado pet é ter lucro somado ao prazer. 

É um setor apaixonante. Para quem curte animais, melhor ainda”, conclui.

Quem quiser comprar uma caminha para o seu pet pode ligar para Simone no telefone 3047-8152. (Post Tetê Rios)

terça-feira, 21 de abril de 2015

Maria dos Anjos esteve doente, recuperou a alegria e agora ajuda o próximo


A lavradora aposentada Maria dos Anjos Martins Alecrim (foto) é uma das pessoas mais populares do Parque da Barragem.

Comparece todas as manhãs. Vem a pé, do Beco Santa Inês, no Alto Santa Lúcia, onde mora há muitos anos. Na volta, pega um ônibus, “que ninguém é de ferro para aguentar o ladeirão”, brinca.

Nascida e criada em Malacacheta, no Vale do Jequitinhonha, Maria dos Anjos trabalhou na roça até se aposentar. Com muita gente da família morando em BH, veio pra cá e se adaptou à vida da cidade grande.

Começou a caminhar na pista há seis anos, por recomendação médica, por causa da hipertensão. Atualmente, com a saúde em forma, se limita a cultivar as amizades que fez por aqui. 

Nas quatro voltas pela Barragem  que completa com passos lentos, Maria dos Anjos vai contando que nunca se casou nem teve filhos, mas criou três sobrinhos, todos casados, com filhos que a consideram a avó.

Mora com uma irmã cadeirante, a quem ajuda no dia a dia. Albina, enxerga mal, e teve um câncer de pele que a obrigou a um enxerto no braço, mas não se abala: “passo protetor solar quatro vezes ao dia, e vou levando”.

Duas vezes por semana, está ela lá, de uniforme, praticando o Ling Gong, a ginástica que a cada dia ganha mais alunos no Parque da Barragem, com suas aulas gratuitas e a dedicação incondicional da coordenadora, a assistente social Maria Tereza Rodrigues, do Centro de Saúde Santa Lúcia, da Prefeitura de Belo Horizonte. 

As aulas acontecem todas as segundas e quartas-feiras, das 7h30 às 8h da manhã. (Post Tetê Rios)

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Concertinas na Vila Paris, a busca da segurança a todo custo


Um dos poucos negócios em expansão no Brasil, a segurança pública cresce a taxas de 13 por cento ao ano, desde 2001, e agora, além das câmeras, acrescentou-se as concertinas para proteger prédios de assaltantes e vândalos, como os que frequentam a praça João Ivo de Azevedo, na Vila Paris.

A concertina é uma cerca cortante de formato espiral composta de lâminas de aço super afiadas. Sua utilização foi iniciada em ações militares. É a evolução do arame farpado e está sendo utilizada em residências, condomínios, construção civil, estabelecimentos comerciais, empresas, industrias, fabricas, prédios públicos, presídios e áreas restritas.

A praça João Ivo de Azevedo fica no final da rua Gonçalves Veloso com Iraí, ao lado do Posto de Saúde Tia Amância, e tem sido frequentada por adolescentes para consumir drogas e praticantes de Parkour, uma modalidade esportiva que consiste em ir de um ponto a outro o mais rápido possível. Seus praticantes são os traceurs. As mulheres são as traceuses.


Claudiano dos Santos (foto abaixo) instalou quase 100 metros de concertina no muro de um prédio que faz divisa com a praça. Ele trabalha em empresa especializada e disse que não faltam serviços, tal a procura por estas cercas perfurantes.


domingo, 19 de abril de 2015

Aluno que não repete o ano é igual a ensino sem qualidade


Sheila Gontijo (foto) é psicopedagoga e trabalha em uma escola da rede pública municipal, em Betim. Moradora do Santo Antônio, aproveita os finais de semana para caminhar com Bidu, o shitsu de um ano e meio que se diverte, correndo solto, livre da coleira.

Antes, ela curtia mais o Parque, nos fins de tarde, quando chegava do trabalho. Mas há uns quatro meses, seu marido foi assaltado no meio da tarde, quando descia as escadarias que ligam a Teixeira de Freitas à Prudente de Morais no Santo Antônio.

Foi agredido, bateu com as costas no meio fio, quase quebrou as costelas, teve de se submeter à fisioterapia, mas, felizmente, agora já está recuperado. 

A Polícia também agiu rápido, prendendo os assaltantes e recuperando um cordão de ouro e o celular que eles haviam levado.

Por isto, o casal restringiu as caminhadas para horários de maior movimento. Os dois também gostam dos domingos na Prudente de Morais, quando levam a filha para andar de patins nos quarteirões fechados.

Como psicopedagoga, Sheila diz que o chamado ciclo de formação humana, que instituiu o fim das “bombas” de estudantes, que não repetem mais o ano quando não têm bom desempenho, está acabando com a educação pública.

O ensino perdeu a qualidade. Os alunos não têm interesse em aprender porque sabem que vão passar de ano de qualquer forma. Além disso, desacatam e desrespeitam os professores. Não sei aonde vamos parar”, constata.

Segundo a profissional, os problemas vêm se agravando, e a solução, na sua opinião, está longe de ser alcançada: “Teríamos de voltar ao que era antigamente, mas isto é muito difícil de acontecer”. (Post Tetê Rios)

sábado, 18 de abril de 2015

Um parque, um carro e um produto. Assim se dribla a crise


Contadora aposentada, Daisy Pena (foto) virou consultora da Natura desde que deixou o escritório onde trabalhou por quase toda a sua vida profissional.

Seu escritório, há cerca de cinco anos, é o Parque da Barragem, onde chega bem cedinho por volta das 7h30m, e permanece até as 10 da manhã. 

Nestes anos, formou uma boa clientela, que compra diretamente, ou por encomenda. "Ganhei muito em qualidade de vida, embora tenha sofrido uma queda nos rendimentos”, diz.

Um de seus diferenciais é a entrega em domicílio, o que facilita a vida de muitos, que a acionam quando precisam, por exemplo, de um presentinho de última hora.

A vitrine é montada no porta-malas do carro, onde expõe os produtos prediletos dos clientes: shampoos, cremes, sabonetes e, principalmente, protetores solares.

Antes de montar a “loja”, Daisy faz uma curta caminhada, e depois fica por ali, perto do carro, distribuindo cartões e oferecendo os cosméticos.

Como a maioria dos comerciantes do país, Daisy sentiu a crise chegar no início do ano, quando as vendas despencaram. “Antes eu não ficava um dia sequer sem vender um produto; atualmente, as coisas pioraram”, lamenta.

Viúva, mãe de uma filha que mora no Rio e trabalha na área de navegação da Vale, a consultora não enxerga possibilidades de melhoras na economia, pelo menos não neste ano.(Post Tetê Rios)

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Gegê oferece cães para adoção. Ivan procura o dono deste lindo Chow Chow



  O administrador e especialista em tecnologia da informação, Ivan Kallas, esteve no domingo passeando na avenida Prudente de Morais com um cachorro Chow Chow japonês de dois anos à procura de seu dono.

O filhote apareceu em sua porta, na Vila Paris, e foi acolhido por sua filha Ângela Azevedo Kallas, estudante de veterinária e que já realiza importante trabalho de reabilitação de cães junto com seu professor Jean Cloude, especialista e reconhecido na área por sua contribuição na recuperação de animais estressados.

Ivan Kallas vai estar neste domingo, dia 19 de abril, das 10 às 12h30m, na avenida Prudente de Morais, em frente ao Carrefour, prestigiando seu amigo Gegê Angelino que, junto com a Sociedade Mineira Protetora de Animais, vão realizar uma Ação de Adoção de Animais de Pequeno Porte.

Com o apoio de uma pet shop, os animais serão examinados por veterinários, especialmente nos aspectos dermatológicos e de dentição, com retirada de tártaros.


O mobilizador social Gegê Angelino é da Associação dos Moradores do Santo Antônio e membro do Conselho Episcopal da Paróquia de Santo Inácio de Loyola, na Cidade Jardim. Além da proteção aos animais, que tem o apoio do deputado estadual Fred Costa, Gegê Angelino tem atuado em ações em benefício do Parque da Barragem Santa Lúcia.

Gegê Angelino e o atleticano Milson Mundim


quinta-feira, 16 de abril de 2015

Terezinha leva a vida a conversar


Terezinha de Oliveira (foto) é aposentada e leva a vida entre cuidar da neta, Manoela, e caminhar pelas ruas do Bairro Luxemburgo, onde mora em ampla casa, há mais de 30 anos.

Conhece cada canto da rua onde mora, cada vizinho, cada porteiro ou faxineira dos prédios. Conversa com todo mundo, sabe o nome dos motoristas de ônibus da linha 9104, da qual é usuária quase que diariamente. 

“Quando me canso de caminhar eu pego um ônibus para subir a ladeira”, explica.

Gosta de frequentar o Parque, mas somente quando encontra uma carona. Aos domingos, prefere andar na Avenida Prudente de Morais, que acha mais animada.

Mãe de dois filhos, Túlio e Gabriela, Terezinha tem sempre um caso para contar do mais velho, que mora há dez anos nos Estados Unidos. 

É avó também de uma netinha americana, Nataly, mas se ressente de não saber falar o inglês e de a menina não ter aprendido o português. “Fica complicada a comunicação”, se entristece.

Seu assunto do momento, no entanto, não são os filhos nem as duas netas, mas o aumento da conta de água. “Estamos pagando mais de R$ 300 por mês”, se escandaliza. 

Terezinha não imagina que, a partir do mês que vem, os gastos vão crescer ainda mais: a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais - ARSAE-MG acaba de autorizar novo reajuste das tarifas de água e de esgoto da Copasa. 

O índice autorizado é de até 15,04%, com aplicação por um ano a partir de 13 de maio. (Post Tetê Rios).

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Gustavo Penna ganha prêmio "Architizer A" pelo projeto da estação do BRT de Belô


O escritório Gustavo Penna Arquiteto & Associados foi o vencedor do importante prêmio de âmbito internacional Architizer A + Awards na categoria Bus & Train Stations, pelo projeto da estação do BRT de Belo Horizonte.  Ele ganhou no voto popular e ficou entre os cinco melhores pelo voto dos jurados.

Gustavo Penna é um especialista em projetos urbanos de grandes dimensões e responsável pelo projeto do Novo Parque da Barragem Santa Lúcia, que vai transformar a região e se integrar com a urbanização do Aglomerado Santa Lúcia, iniciada semana passada com a derrubada de casas e barracos e instalação dos moradores nos novos apartamentos do Vila Viva na Vila Esperança, no mesmo Aglomerado Santa Lúcia.

O projeto Modernidade e Funcionalidade em harmonia com a paisagem urbana foram os preceitos que nortearam as estações para os corredores rápidos de trânsito (BRT - Bus Rapid Transit). A forma das estações procura se fundir com a paisagem dinâmica. 

O conceito de “um ônibus a mais” é a maneira de evitar a multiplicação de estímulos visuais da cena urbana. O equipamento atende às questões de sustentabilidade e acessibilidade, tão caras à humanidade.  

Possui um sistema de aproveitamento de luz e ventilação interna, é 100% acessível, permite a entrada de ciclistas e promove a integração com os demais sistemas de transporte da cidade.


“Ganhamos duas vezes: por estarmos entre os 5 finalistas e por sermos os escolhidos por uma comunidade de amantes de arquitetura de todo o mundo. Agradecemos a todos que nos ajudaram a conquistar esse prêmio tão importante.” comemorou Gustavo Penna.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Sem teto e vandalismo, os novos problemas do Parque


O primeiro morador sem teto do Parque da Barragem Santa Lúcia chegou nesta segunda-feira, dia 13, com armas e bagagens: instalou-se com sua barraca, tomou banho no lago, reconheceu as redondezas e não foi incomodado pelos quatro policiais PM que patrulhavam a área.

Este tipo de ocupação irregular deve ser contigo pelos guardas municipais, que não comparecem ao Parque da Barragem Santa Lúcia há vários meses, não se sabe se por determinação da Prefeitura ou por estarem “cabulando” o serviço.


Coincidentemente, esta segunda-feira amanheceu com um enorme carrinho de brinquedo jogado no lago do Parque, e a pior das ações, o vandalismo com uma árvore, quebrada ao meio em uma “festinha” noturna que, dizem, tem ocorrido com frequência, com o consumo de crack, como demonstra o capim queimado ao redor da árvore.



segunda-feira, 13 de abril de 2015

A corrupção e a incompetência são inaceitáveis


A multidão que compareceu neste domingo às praças da Liberdade e Estação para protestar contra o governo corrupto de Dilma Roussef o fez com alegria e sem violência.

Não importa saber quantas milhares de pessoas estiveram nas ruas neste domingo, importa saber que estas pessoas foram multiplicadas por milhões através das notícias a respeito.

E que, afinal, não interessa pedir o impeachment de Dilma, afinal ela já não governa de fato, apenas de Direito, substituída pelos presidentes da Câmara e do Senado, pelo vice-presidente e pelo ministro da Fazenda.


A sociedade brasileira esteve representada nos protestos de ontem. As fotos são das manifestações em Belo Horizonte, nas praças da Liberdade e da Estação.

José Emílio Afonso e Henrique Carlos Natalino
Jacques Levy
Milton Cabral Moreira
Pedro Emílio Mendes Marques

domingo, 12 de abril de 2015

Kleber esculpe e pinta troncos, uma arte primitiva que agita o mercado naïf


Ele nunca tinha ouvido falar a palavra escultura. Pedreiro por profissão, Kleber da Silva sempre  teve jeito para fazer subir uma parede, mas artes plásticas era algo que não fazia parte de seu vocabulário.

Isto até há uns oito anos, quando, para debochar de um imenso buraco que se abrira na rua bem em frente à sua casa, que ainda não recebera pavimentação,  em Divinópolis, ele acabou iniciando o ofício de escultor.

Na verdade, o que ele fez mesmo foi uma interferência, coisa que somente anos depois foi entender. Pegou um galho de madeira, como se fosse um homem, com os braços abertos, botou nele um lenço na “cabeça”, boca, óculos e olhos de plástico. Resolveu vesti-lo com camisa e short.

Chamou a atenção dos jornais, das emissoras de rádio e de TV da cidade e atingiu seu objetivo: a empresa responsável pela pavimentação da cidade foi lá no dia seguinte, e não somente tapou o buraco, como asfaltou a rua.

A partir dali, Kleber não parou mais. O boneco, batizado de Ameba, ganhou uma mulher, grávida, a barriga feita com um capacete velho, achado na rua, que levou o nome de Felisbina. E um filho, Mocreia. Ameba está lá até hoje, enfeitando a frente da casa de Kleber, que mais se parece com um sítio, onde mora com a mulher e muitos cachorros.

Começou a catar galhos e troncos de árvores caídas para criar esculturas que ele chamava de bonecos. Os personagens ganhavam vida e cores nas roupas.

Depois, aprendeu sozinho a manejar o formão e começou a criar esculturas em madeira que lembram muito o trabalho de seu conterrâneo mais famoso, Geraldo Teles de Oliveira, o GTO, ele também um dos mais autênticos representantes da arte popular brasileira, autodidata que, como Kleber, começou a vida como pedreiro.

Como GTO, Kleber também acha que tem um dom divino: “quando eu olho para o tronco, parece que quero entrar dentro da madeira. Vou fazendo sem ver, é Deus que me ensina”, afirma.

Com trabalhos nas mãos de colecionadores brasileiros e estrangeiros, Kleber da Silva já expôs peças no Centro Mineiro de Artesanato, que funcionou no Palácio das Artes durante muitos anos, e agora busca uma galeria em BH que se interesse em divulgar a sua arte. 

Os contatos com o artista podem ser feitos pelos telefones (31) 3215-3567/9942-6869, ou pelo email kleberartes2010@hotmail.com (Post Tetê Rios)



sábado, 11 de abril de 2015

Deputado propõe audiência pública para discutir museu da Polícia Federal

Eustáquio Augusto dos Santos, presidente da Associação de Amigos do Parque da Barragem Santa Lúcia; Gyovany Gomes, perito criminal federal da PF; deputado Douglas Melo; Eduardo Calazans, presidente da Associação de Moradores do Bairro da Cidade Jardim; e Gegê Angelino, do Conselho Episcopal da Igreja de Santo Inácio de Loyola.
O deputado estadual Douglas Melo, vice-presidente da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, vai realizar uma audiência pública de apoio à implantação do Museu Nacional de Ciência e Tecnologia no prédio abandonado da antiga Faculdade de Odontologia da UFMG, no sofisticado bairro da Cidade Jardim.

O museu, único na América Latina, vai funcionar também como laboratório de trabalho para os policiais peritos criminais federais da Polícia Federal e centro de pesquisa para desenvolvimento de novas tecnologias no combate ao crime

As provas materiais em processos criminais, conseguidas com as novas técnicas, costumam ser irrefutáveis.

A implantação do museu no prédio abandonado há 12 anos na Cidade Jardim, ao lado do Museu Histórico Abílio Barreto, onde nasceu a capital mineira, tem o apoio da Associação da Cidade Jardim, do Conselho Episcopal da Igreja de Santo Inácio de Loyola e da Associação de Amigos do Parque da Barragem Santa Lúcia, esta responsável pela implantação de um monumental projeto urbanístico em oito bairros da região, o “Cidade Parque”.


O deputado Douglas Melo vai propor neste primeiro momento uma audiência pública na Assembleia Legislativa para que a comunidade da área conheça mais este projeto do Museu Nacional de Ciências Forenses. 

Ele será um museu vivo, contemporâneo, educativo e cultural, conforme explicou o perito federal Gyovany Gomes, da Polícia Federal, chefe da equipe responsável por sua implantação.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Neusa Gomes, a mamãe das comidinhas e bebidinhas no Park


Mãe de Guilherme, um dos organizadores do GastroPark, o saboroso evento que movimentou o Parque da Barragem em março passado, Neusa Gomes de Azevedo (foto) não se limita a acompanhar o filho às feiras que promove nos parques e praças da capital.

Ela ajuda na organização, fiscaliza da portaria às barracas, enfim, não para um minuto. Orgulhosa, exaltava o sucesso da promoção, que reuniu comidinhas variadas, doces e salgados, sorvetes, bebidas e boa música, atraindo um público de todas as idades, muita gente bonita e animada, que mudou o cenário de domingo.

Com o evento, o Parque da Barragem entrou de vez no circuito do Food Park, animando especialmente os proprietários das 20 barracas participantes, que esgotaram seus criativos estoques de comes & bebes. (Post Tetê Rios)

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Mestre Mandruvá x Vagalume e o gingado da capoeirista de olhos verdes

Mestre Mandruvá e a capoeirista Vagalume mostram a força da tradição em jogo de beleza e raça

O seu nome é Dimar, mas ele é mais conhecido como Mestre Mandruvá, do Centro de Cultura de Capoeira Terreiro do Brasil, que ele fundou já lá se vão 13 anos. 

A academia tem hoje 85 alunos, que praticam na sede da Vila Leonina, no Bairro Jardim América.

O grupo, porém, está sempre presente no Parque da Barragem, com apresentações semanais as segundas e quartas-feiras, das 7 às 8h e das 15 às 16h. 

Também mostra a arte do gingado às segundas e quartas-feiras, às 20h, na Praça da Liberdade e aos sábados à noite, na Praça da Savassi.

O gosto pela capoeira veio depois do futebol. Dimar se encantou com o esporte e foi treinado pelo experiente mestre Peixinho, famoso no Bairro do Leme, no Rio de Janeiro. A capoeira o levou também para a Bahia, onde morou por alguns anos. 

De volta a BH, dá aulas coletivas e particulares, como para Mariá Gontijo (foto), que ganhou o nome de guerra de Vagalume, por causa dos cílios e belos olhos verdes. Com três anos de treinos, a assistente social já é considerada uma exímia capoeirista.

O novo projeto de Mestre Mandruvá é realizar um trabalho social com jovens do Aglomerado Santa Lúcia, uma forma, segundo ele, de livrar a garotada do caminho das drogas por meio de um esporte saudável e prazeroso. O capoeirista pode ser contactado pelo telefone 31 8601 4583. (Post Tetê Rios).