Áurea Lúcia, designer de moda, empresária
A lendária estilista Coco Chanel não se conformava com as mulheres que
dispensavam um guarda-roupa inteiro a cada estação. Ela dizia: “A atitude
denota muito dinheiro, mas pouco estilo”.
Esta posição da Chanel resume bem a necessidade de um
novo posicionamento de consumo e de estilo de vida, baseado em valores que se
sobrepõem ao dinheiro.
O slow fashion surge para dar maior consciência
ecológica para seu consumidor.
Tem origem no slow design, movimento criado por
Fuad-Luke (2010), democratizando os processos para criar peças de uma forma
mais lenta, com preocupação no desenvolvimento dos processos.
Sua área de
atuação é voltada para o bem de pessoas e do ambiente, pensando primeiramente
em benefícios locais, ampliando a ação para o âmbito global.
A Europa sai na frente nesta nova proposta, tendo
em vista seu histórico de guerras e escassez de recursos naturais que
proporcionaram uma consciência de produção e consumo ecofriendly.
Lá, o diferencial
é que os consumidores estão prontos para um produto sustentável, com mais
informações de moda. "Isso é realidade nos países da Escandinávia,
Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Suíça, Áustria, Reino Unido, mas não
tanto em países do sul da Europa", ressalta Olaf Schmidt, produtor das
maiores feiras sustentáveis europeias e sem querer destacar a Alemanha como
possível líder deste movimento.
Por falar em feiras,
destacam-se por lá as feiras irmãs ecofashion
chamadas Greenshowroom (dedicada à alta moda), que completa seis
anos, e Ethical
Fashion (dedicada a streetwear), que
acontecem em paralelo à Berlin Fashion Week, em uma antiga estação de trem.
Juntos, esses eventos têm, hoje, 160 marcas participantes no total,
constituindo o maior evento deste setor em toda a Europa.
Stella McCartney, Vivienne
Westwood, EDUN, Levi’s, Adidas e Hugo Boss são alguns exemplos de marcas
sustentáveis internacionais.
No nosso próximo encontro
vamos falar da moda sustentável no Brasil e em Minas Gerais. Até!
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