sábado, 31 de outubro de 2015

Wanderley faz a cabeça dos moradores da Cidade Jardim


Wanderlei Estanislau Rodrigues Pereira (foto), cabeleireiro, barbeiro, dono de um dos mais antigos e tradicionais salões masculinos na Cidade Jardim, também tem enfrentado a crise, mas com sabedoria e experiência de crises passadas, “que este nosso país tem mais problemas que os países árabes”.

Há três anos não aumenta seu preço, imutável nos R$40,00, apesar de seus clientes, afinal todos abonados, moradores na Cidade Jardim e Luxemburgo, até toparem pagar mais caro “um pouquinho”.

Wanderlei é o cabeleireiro clássico: boa conversa, alegre, dá notícia de tudo o que acontece nas vizinhanças. Seu salão está no mesmo local há 19 anos, desde 1996, e atualmente trabalha com os dois filhos, Wander e Dinei.

O Salão Ritz é o típico negócio familiar: são três cadeiras, do pai e os dois filhos, ar refrigerado, água mineral fresquinha para os fregueses, revistas variadas. 

O predinho onde está instalado pertence ao Wanderlei, que mora nos andares superiores com a família.


A crise chegou, mas não com tanta força ali para Wanderlei e família, plantados que estão na rua Conde Linhares, 712, a espinha dorsal de ligação entre a Vila Paris, Luxemburgo e Cidade Jardim.


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

João Lucas, o jovem ciclista não se intimida


Filho do administrador de empresas Joel Pasqualin, João Lucas irradiava alegria na manhã ensolarada do domingo, no Parque da Barragem.

Com tênis novo, roupas de ciclista e a bike novinha em folha, ele estreava as pedaladas sem rodinhas.

Eles moram no Belvedere, onde não há pistas de bike para os pequenos aprenderem a andar sobre duas rodas. Somente a chamada Lagoa Seca serve de pista para os ciclistas. 

No entanto, como destaca Joel, o local é sempre tão cheio que não há como as crianças se atreverem às primeiras pedaladas solo.

Como a avó de João Lucas mora no São Bento, o Parque é o espaço ideal para aprender a dominar a bike, o que o garoto, de seis anos, já consegue fazer.

Como administrador, seu pai analisa a crise que o país atravessa e diz que é preciso ter esperança. Para ele, as perspectivas prometem ser melhores no ano que vem.

Outro assunto em pauta nesta última semana, a privatização do Parque, Joel acredita que ela possa se concretizar se quem assumir o espaço direcioná-lo para grandes eventos, garantindo um bom retorno comercial. (Post Tetê Rios)

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Mario Lúcio cuida bem da saúde, com caminhadas e avaliações periódicas


Frequentador assíduo do Parque da Barragem, Mário Lúcio Gariba (foto) “bate o ponto” na pista todas as manhãs.

Segue num “trote” cadenciado, cumprindo de 10 a 15 voltas ao redor da lagoa, todos os dias, e terminando com uma leve caminhada.

A cada 15 dias, dá uma avaliada na saúde, submetendo-se ao teste cardiorrespiratório com a equipe de professores e estudantes de Educação Física do Projeto Caminhar, da Prefeitura de Belo Horizonte, que marca presença no Parque duas vezes por mês, sempre às sextas-feiras, das 7 às 9h10.

Dentista por formação, profissão que exerceu durante muitos anos, Mário Lúcio é atualmente funcionário de carreira do TRE de Minas, desde que foi aprovado em concurso e trocou a cadeira de Odontologia pela estabilidade do serviço público.

Ele é um dos 300 “clientes” do Projeto Caminhar que, além da avaliação cardiorrespiratória, acompanha a pressão arterial, o peso e a circunferência abdominal, o chamado IMC, ou índice de massa corporal, que revela o percentual de gordura no corpo.

Gratuito, o atendimento demora cerca de 20 minutos e evita muitos males do mundo moderno, especialmente os que atingem o coração da pessoas. 

Outra vantagem do Programa é que ele incentiva as pessoas a persistirem na busca por uma melhor qualidade de vida, como Mário Lúcio, que não se descuida, viúvo que é, e preocupado em acabar de criar os dois filhos, de 15 e de 20 anos. (Post Tetê Rios)

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Sombra e água fresca, uma questão política

Questões Urbanas


Fabíola Carvalho, psicóloga social e ativista comunitária


Quando alguém diz que só quer “sombra e água fresca”, logo associamos à uma situação de tranquilidade, de despreocupação, de qualidade de vida, até de uma certa preguiça.

Mas se prestarmos um pouco mais de atenção, veremos que tanto a sombra das árvores, quanto a água fresca das nascentes tornam-se cada vez mais escassas, devido a ação humana.

As árvores, em área urbana, fornecem muito mais que sua sombra e beleza. Ajudam a diminuir a poluição do ar, os níveis de ruído, fornecendo as necessidades de oxigênio para nossa sobrevivência.  

Além disso auxiliam no equilíbrio da temperatura, na proteção dos lençóis freáticos, na umidade do ar e constituem um importante refúgio para a fauna ainda existente nas cidades. 

Mas, nas áreas urbanas, as árvores dividem o espaço com o cimento, o asfalto, os carros e as construções.

“Sombra e água fresca” são, na atualidade, uma questão de cidadania, e muitos cidadãos sozinhos ou mobilizados em grupos e associações lutam pelo mesmo objetivo: a preservação destes recursos naturais, seja por mais espaços verdes e pela recuperação dos ainda existentes.

Se no passado a expressão podia ser associada à preguiça, hoje representa ação política e bastante trabalho.

Parque da Barragem Santa Lúcia, 2ª feira, 11 horas da manhã, sombra e água fresca

terça-feira, 27 de outubro de 2015

A corrida nos parques como meio de vida

Gisele Benedita, Montalban e Duílio Taranto

Gisele Benedita e Montalban são professores de Educação Física e, há oito anos, se tornaram sócios na assessoria esportiva Ritmo Run, especializada em ensinar as pessoas a correr.

Tudo começou quando eles foram convidados para treinar um grupo de funcionários do BDMG, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.  

Desde então não pararam mais e hoje dão aulas para grupos em praças e parques de BH. O Parque da Barragem é um dos espaços preferidos, por conta da marcação da pista, além de ser um dos locais mais agradáveis para a prática de exercícios físicos da capital.

Os treinamentos são divididos em alongamento, fortalecimento muscular e o treino de corrida, explica Gisele. 

Apesar de ser em grupo, os treinos são personalizados, de acordo com a idade e a característica de cada atleta, que têm planilhas individuais de acompanhamento de desempenho.

Gisele explica que, num período de três a quatro meses, uma pessoa disciplinada já consegue cumprir uma corrida de uns 5 quilômetros.

O curioso, segundo ela, é que tem aumentado a procura pelos treinos por pessoas mais velhas. “Nossos atletas têm de 23 a 66 anos”, se orgulha ela.

Este é o caso de Duílio Taranto, de 63 anos, que, no momento da entrevista, acabara de correr 14 quilômetros em volta da lagoa do Parque. Seu objetivo é participar da volta da lagoa, na Pampulha, corrida que atrai atletas de todas as regiões do país.

Atualmente, são cerca de 40 atletas e uma das vantagens destacada pela professora é que a corrida libera endorfina de maneira mais rápida. “É por isso que dizem que correr vicia, que quem começa não consegue parar. 

Nós mesmos temos de dosar alguns alunos, pois o ideal é correr de três a quatro vezes por semana”, aconselha a professora.

O motivo, explica, é que a corrida é um esporte de alto risco de lesões, por ser de alto impacto. 

Os professores também orientam sobre as roupas mais adequadas e os tênis, que devem ter amortecedores e não podem estar desgastados, para não prejudicarem ao invés de ajudarem a promover a saúde. 

Quem quiser falar com os professores pode ligar para o 99938-2808.(Post Tetê Rios)

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Elvira Rojas, a criminalista que adestra mentes e cães


Filha de colombiano, a advogada criminalista Elvira Rojas (foto) deu o nome de Cali, a cidade onde seu pai nasceu, ao pastor branco que comprou há dois anos, para sua própria segurança.

Diariamente, junto com Lobinho, um raposinha do deserto ou spitz alemão, como preferem alguns, Elvira faz sucesso no Parque da Barragem com as peripécias de Cali.

Foi ela mesma quem o adestrou: ele se apoia em pé nas árvores, ao comando de “polícia!”, pula de um banquinho ao outro, faz ginástica nas barras de alongamento, dá bom dia, rola, finge-se de morto.

“Quem ensina policiais não vai conseguir ensinar um cão?”, brinca Elvira, que é professora da Academia de Polícia Militar e tem um portal na Internet onde prepara estudantes para exames na OAB ou concursos na área do Direito.

Ali, ensina de Direito Penal ao Estatuto de Criança e do Adolescente, preparando os candidatos para as provas em uma área que domina com facilidade.

Moradora do São Bento, Elvira constata que a crise econômica provocou o crescimento de crimes como latrocínio e furtos a banco, especialmente por meio de explosões de caixas eletrônicos. 

“Bandido também tem de bater metas”, lamenta.
Experiente, dá dicas contra assaltos: nunca abrir o vidro do carro; ficar atento quando entrar em um elevador se se deparar com um estranho e evitar escadarias vazias. (Post Tetê Rios) 


domingo, 25 de outubro de 2015

Ventania derruba árvore e assusta moradores no Luxemburgo


Depois do calorão que não deu trégua aos belo-horizontinos durante várias semanas, a ventania que trouxe chuva forte na quinta-feira assustou muita gente, derrubou árvores e desligou sinais de trânsito.

Na rua Dr. Sette Câmara, no Luxemburgo, uma árvore de grande porte foi praticamente arrancada pelo vento desde a sua raiz, caindo sobre o muro de um prédio. Infelizmente, ninguém ficou ferido.

“Eu ouvi um barulho forte, mas só mais tarde consegui sair de casa pra ver o que tinha acontecido, foi quando vi a árvore sobre o muro”, contou a vizinha do prédio Terezinha Pinto.

Outro morador da mesma rua, Wagner de Oliveira, disse que quase bateu seu carro, pois estava escuro quando voltava para casa e a árvore ficou quase que atravessada na rua.

“Quando eu vi, já estava praticamente em cima dela”, contou, aliviado.

Os bombeiros receberam inúmeros chamados, muitos bairros ficaram sem energia elétrica mas, no dia seguinte, o sol e o calor voltaram e, com eles, o tempo seco que tanto tem incomodado os moradores da outrora Cidade Vergel, com seu clima quase que único no país, de tão bom. (Post Tetê Rios).

sábado, 24 de outubro de 2015

A vovó Lerci, caminhadas e corujice com o neto José


Funcionária da Justiça do Trabalho, Lerci Nery (foto) é frequentadora antiga do Parque da Barragem. Moradora há anos do Vila Paris, era no parque que ela se distraía com os três filhos, que ali aprenderam a andar de bike, a jogar bola.

Os filhos cresceram, um deles se casou, mudou-se para Londrina, no Paraná, e agora a curtição de Lerci é outra: paparicar os netos que, sempre que podem, emendam um feriado para ver a vovó.

José Fernando é um dos netinhos que mora no sul do país e ama a corujice da avó, que tenta fazer tudo o que ele quer no espaço que, para a criançada, é tudo de bom.

Caminhante assídua das pistas do parque, em certos horários Lerci prefere se exercitar na avenida Bento Simão. “ Tenho receio", desabafa.  (Post Tetê Rios)

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Slow fashion, a moda com atitude e consciência ecológica

Slow Fashion

Áurea Lúcia, designer de moda, empresária


A lendária estilista Coco Chanel não se conformava com as mulheres que dispensavam um guarda-roupa inteiro a cada estação. Ela dizia: “A atitude denota muito dinheiro, mas pouco estilo”.

Esta posição da Chanel resume bem a necessidade de um novo posicionamento de consumo e de estilo de vida, baseado em valores que se sobrepõem ao dinheiro.

slow fashion surge para dar maior consciência ecológica para seu consumidor.

Tem origem no slow design, movimento criado por Fuad-Luke (2010), democratizando os processos para criar peças de uma forma mais lenta, com preocupação no desenvolvimento dos processos. 

Sua área de atuação é voltada para o bem de pessoas e do ambiente, pensando primeiramente em benefícios locais, ampliando a ação para o âmbito global.

A Europa sai na frente nesta nova proposta, tendo em vista seu histórico de guerras e escassez de recursos naturais que proporcionaram uma consciência de produção e consumo ecofriendly.

Lá, o diferencial é que os consumidores estão prontos para um produto sustentável, com mais informações de moda. "Isso é realidade nos países da Escandinávia, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Suíça, Áustria, Reino Unido, mas não tanto em países do sul da Europa", ressalta Olaf Schmidt, produtor das maiores feiras sustentáveis europeias e sem querer destacar a Alemanha como possível líder deste movimento.

Por falar em feiras, destacam-se por lá as feiras irmãs ecofashion chamadas Greenshowroom (dedicada à alta moda), que completa seis anos, e Ethical Fashion (dedicada a streetwear), que acontecem em paralelo à Berlin Fashion Week, em uma antiga estação de trem. 

Juntos, esses eventos têm, hoje, 160 marcas participantes no total, constituindo o maior evento deste setor em toda a Europa.

Stella McCartney, Vivienne Westwood, EDUN, Levi’s, Adidas e Hugo Boss são alguns exemplos de marcas sustentáveis internacionais.


No nosso próximo encontro vamos falar da moda sustentável no Brasil e em Minas Gerais. Até!


quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Marco, seus cães e a paciência para "pastoreá-los"


Impossível não notá-lo quando ele chega com sua “matilha” para o passeio diário na orla do Parque.

O bancário Marco Deiotaiuti (foto) tem nada menos do que seis cachorros, e passeia com todos de uma só vez.

De um lado, ficam os bonzinhos, mais obedientes, dois yorkshires e um schnauzer. Do outro, os mais espevitados, entre eles um basset, que latem para as pessoas e são dominados a um simples gesto de Marco com uma varinha, que ele traz sempre à mão.

Dos seis cãezinhos, três são adotados. Segundo Marco, ele atrai cães abandonados. Um deles, por exemplo, ficou na porta de sua casa e, ao menor descuido, entrou e nunca mais saiu.

Durante os passeios, de vez em quando as coleiras se enroscam, um para enquanto o outro quer seguir caminhando, mas, com jeitinho e com carinho, Marco dá conta do recado, para deleite dos animaizinhos. (Post Tetê Rios)

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Prefeitura inicia processo de privatização do Parque da Barragem Santa Lúcia

Eustáquio A dos Santos
A Prefeitura de Belo Horizonte publica hoje, dia 21 de outubro, quarta-feira, o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) visando à obtenção de estudos, levantamentos, dados técnicos, e demais insumos necessários à estruturação de projeto de Concessão Comum para urbanização, requalificação, manutenção, operação e exploração do PARQUE DA BARRAGEM SANTA LÚCIA.

Na prática, significa oferecer a empresários da iniciativa privada a concessão pública para melhoramentos e administração do nosso parque da barragem. 

Os interessados terão 120 dias para apresentarem estudos e projetos sobre a área de 86 mil metros quadrados e que podem aumentar para 100 mil metros quadrados se forem incorporadas a praça República do Líbano e o Parque dos Colibris.

A Associação dos Amigos do Parque da Barragem Santa Lúcia, presidida por Eustáquio Augusto dos Santos, também editor deste Blog do Parque, foi a responsável por levar ao prefeito Marcio Lacerda, há quase dois anos, o projeto de privatização do parque, elaborado pelo renomado arquiteto Gustavo Penna, e que prevê uma inovadora abordagem para as áreas de lazer, nas pistas de caminhada, ciclovias, campos de futebol, quadras poliesportivas e até uma pista de skate.


Este projeto poderá se tornar uma das mais ousadas inciativas arquitetônicas e urbanísticas da cidade se for levado em consideração também a urbanização do Aglomerado Santa Lúcia, já iniciado pela Prefeitura, e que prevê derrubada de barracos, abertura de ruas, relocação dos habitantes em novos apartamentos no Vila Viva já pronto e criação de dois parques no morro, o Bicão I e Bicão II.

Parque da Barragem Santa Lúcia, vista a montante

Parque da Barragem Santa Lúcia, vista da jusante

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Fish & Chips, fácil, leve e saboroso

Fazer em Casa é Melhor

Anibal Lamego (programador e chef amador)



Fish & Chips



Ingredientes:
1 Filé de peixe
1 cenoura ralada
1/2 repolho em fatias finas
400g de batatas
Molho branco para crudités
1 xícara de farinha de trigo
1 colher de chá de fermento em pó
150ml de cerveja clara
Ketchup à gosto

Misture em uma tigela a farinha, o fermento e a cerveja. Passe os filés de peixe na mistura e frite em óleo quente por alguns minutos virando os lados até dourar. Escorra bem em uma travessa forrada com papel toalha.

Sirva a seguir com a batata frita acompanhada da salada de cenoura e repolho!

Enviado pelo aplicativo SuperMarket
Baixe na App Store - https://appsto.re/br/jXoN8.i


 

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

A pesca do lixo, este o trabalho do gari David, em luta contra o Golias da sujeira


O gari David (foto), um dos responsáveis pela limpeza do Parque da Barragem, é também um guardião fiel da integridade do espaço. Ele varre, capina, junta o lixo, em trabalho que parece não ter fim.

De canoa, vai “pescando” copos, garrafas, sacos plásticos e mais um sem fim de coisas que pessoas sem educação e sem noção de civilidade e do bem viver em sociedade jogam no espelho d'água, todos os dias.

Na sexta-feira pela manhã, ele estava visivelmente irritado: primeiro, porque faltavam sacos de lixo para recolher os detritos que havia retirado da lagoa, e que ficaram na margem.

Mas o que mais o irritou foi ter de recolher mais um carrinho de compras de supermercado. Isto, segundo ele, acontece sempre: as pessoas vão ao supermercado Epa, que fica a um quarteirão do Parque, e voltam com o carrinho, que surrupiam do estabelecimento. 

Para se verem livres dele, não têm a menor cerimônia em dispensá-los na lagoa.(Post Tetê Rios)



domingo, 18 de outubro de 2015

Carro próprio, este o sonho de Luciene


Luciene Ferreira (foto) é mineira de Januária. Veio ainda adolescente para a capital, em busca de uma vida melhor. Tornou-se empregada doméstica e, há 15 anos, trabalha e mora na casa de uma família no Vila Paris.

Neste período, os três filhos do casal cresceram, duas se casaram, e ela continua firme, lá. Melhorou de vida: comprou uma casinha em Contagem, para onde vai nos fins de semana, tem um namorado, embora ainda não queira se casar, e está animada com as nova Lei das Domésticas, que passou a lhe garantir o FGTS. 

Antes, já tinha todos os benefícios garantidos pelos patrões, como a carteira de trabalho assinada, as férias de 30 dias, o 13º salário.

Seu sonho, agora, é conseguir a CNH, comprar um automóvel e sair por aí, passeando sobre quatro rodas. 

Bem que ensaiou as primeiras aulas na autoescola, mas não passou no exame da primeira vez e desanimou. Mas a animação voltou e ela já se prepara para uma nova tentativa.

Suas férias, invariavelmente, são em Pirapora, para onde vai rever a família e os amigos. Fica triste quando vê que, a cada ano, o rio vai secando.

Frequenta a pista do parque três vezes por semana, religiosamente, há mais de três anos. Começou a caminhar por ordem médica, desde que teve problemas respiratórios, com falta de ar constante. 

As caminhadas a curaram, e ela não parou mais. Chega bem cedo, não sem antes deixar a mesa posta, uma mordomia da qual os patrões não abrem mão. (Post Tetê Rios)

sábado, 17 de outubro de 2015

Animais que frequentam o Parque


O Parque da Barragem Santa Lúcia tem uma fauna de frequentadores quase tão habituais quanto a "fauna" humana. 

São cavalos, cachorros vadios, porcos, patos e até umas vaquinhas que gostam de circular pelo sofisticado bairro do São Bento e fazer uma "boquinha" nas caçambas de lixo. Vejam as fotos.







sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Imóveis públicos abandonados, uma praga nacional

O prédio da antiga escola de odontologia vai virar museu

O prédio modernoso da antiga faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais localizado na Cidade Jardim vai virar o Museu de Ciências Forenses, da Polícia Federal, depois de mais de uma década abandonado pelo poder público.

A Polícia Federal já tomou posse do imóvel e tem trabalhado na limpeza interna do edifício, com o apoio da Secretaria de Administração Municipal Regional Centro Sul.

Enquanto a antiga faculdade de Odontologia começa a ser recuperada no bairro mais sofisticado de Belo Horizonte, outro imóvel, localizado na valorizadíssima avenida Prudente de Morais, continua abandonado, em disputa judicial interminável que já dura quase 20 anos.

O imóvel da antiga importadora China Town - restaurante chinês continua desocupado, sem utilização, pichado, sujo, degradando uma área nobre na confluência dos bairros Cidade Jardim e Santo Antônio.
 
As associações de moradores dos dois bairros se movimentam de vez em quando para dar uma destinação cultural, educacional ou social ao imóvel, mas o INSS, proprietário do local, com sua lerdeza, burocracia e falta de vontade política, continua impedindo que se dê uma destinação ao predinho.

O China Town continua abandonado na valorizada Prudente de Morais