Zeli Azevedo (foto) sempre foi uma empreendedora. Primeiro, era tinha um restaurante na Savassi.
Dali partiu para uma atividade completamente diferente: tornou-se proprietária de uma empresa de locação de caminhões guindastes, especialmente para a construção civil.
Começou com um guindaste; hoje tem cinco e mais três caminhões. Sua vida é um corre-corre, que começa de manhãzinha no Parque da Barragem, onde corre pelo menos 10 quilômetros, antes de enfrentar a batalha do dia a dia.
Sua empresa tem sede em Betim e, às vezes, quando não dá tempo de correr na pista do parque, ela faz a corrida até a avenida Amazonas, de onde pega um ônibus para o trabalho.
A mania de correr começou há alguns anos, e depois disso ela não parou mais. Já participou de várias corridas de rua, a última promovida por um shopping da capital, quando cumpriu 10 quilômetros em 1h03.
Moradora da Vila Paris, mãe de dois adolescentes, um de 14 e um de 18 anos, Zeli se divide entre os cuidados com a casa e a empresa.
Diz que os efeitos da crise estão sendo graves em sua área, a construção civil. Como prestadora de serviços, ela reclama: “antes não conseguia atender toda a demanda; hoje, tem dias que o telefone da empresa não toca”, diz, temerosa dos efeitos dos desarranjos econômicos no país.
Zeli lembra que as pequenas empresas são as que mais sofrem num momento como este, e que a ordem é cortar gastos, não somente na firma, mas também em casa: dispensou a diarista, contratou uma faxineira e os filhos passaram a ajudar nas tarefas caseiras. (Post Tetê Rios)