Marta Torres é professora do Ensino Fundamental. Todas as manhãs, dá aulas no sétimo ano de uma escola municipal de Belo Horizonte e diz que se sente a cada dia mais indignada com os casos de agressão por parte de alunos contra os mestres.
Amedrontada, cita o caso da professora de uma escola de Salvador (BA) que foi envenenada pelos alunos, de sete a oito anos de idade, com um biscoito recheado com “chumbinho”, um poderoso veneno usado contra ratos.
Cita também outras histórias contadas entre colegas, como o de uma diretora e a professora de uma escola municipal foram espancadas violentamente pelo pai de um aluno expulso da aula por usar o celular.
E de outra amiga, que levou um chute no braço ao advertir um estudante. “Não há mais respeito”, reclama.
Outra coisa que a preocupa é a gravidez precoce: “são meninas e meninos de 13 a 14 anos que mal saíram da infância e se tornam pais”, lamenta, constatando que este é fato muito comum nas escolas públicas.
Mesmo assim, Marta, que no período da tarde trabalha na Secretaria de Educação, não pensa em se aposentar, embora já tenha tempo para o merecido descanso, pois começou a trabalhar aos 18 anos. “Se me aposentar, eu morro”, exagera, revelando-se uma workaholic do ensino.
Nos fins de semana, frequenta o parque para tomar sol, sem protetor solar, por recomendação médica. Após reclamar de cansaço e dores no corpo, descobriu que estava com deficiência de vitamina D, um dos males do homem moderno, que pode comprometer a saúde dos ossos. (post Tetê Rios)
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