sexta-feira, 13 de março de 2015

Os torpedos emplumados pescam em grupos e nunca perdem um mergulho


Os temporais que têm desabado sobre Belo Horizonte, e também na área da Barragem Santa Lúcia, têm revolvido o fundo do lago, tornando-o lamacento e facilitado a pesca coletiva dos biguás, considerados os torpedos emplumados por sua velocidade de 3.8 metros por segundo dentro d’água.

Eles pescam em grupos, na Barragem contamos onze na manhã de ontem. 

Em pescarias estratégicas encurralam os peixes nas margens, todos mergulhando do mesmo tempo, e retornando à tona com seus peixinhos nos bicos.

Este Mergulhão Brasileiro, ou Corvo Marinho, não possui a glândula uropigial, responsável pela secreção de uma substância impermeabilizadora das penas, portanto, com suas negras penas molhadas e pesadas, eles têm enorme velocidade debaixo d'água, impulsionados pelo mergulho e patas semelhantes às do pato.

Diferente do que se pode pensar, os biguás não espantam os peixes durante sua ação de pesca

Pelo contrário, no Japão e na China eles são parceiros dos pescadores no sistema chamado de ukai, em que cada pescador leva dez biguás amarrados pelo pescoço com um corda, pela qual são controlados.


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