Olney B e o erro de pessoa

Olney Brito (foto)é procurador fiscal aposentado da Fazenda do Estado de Minas Gerais. Olney foi milionário e já contou seu caso para os inúmeros amigos ali na praça República do Líbano, na academia a céu aberto, onde se exercita todos os dias.

Ele era correntista do Banco do Comércio Varejista, do Albertinho Freitas Ramos, que funcionava ali na rua Rio de Janeiro, no centro da cidade. Os lançamentos nas contas correntes eram feitas em cartolinas, a mão, e um belo dia espantou-se com seu saldo: uns 800 mil reais, em dinheiro de hoje. Tratei logo de sacar uns 100 mil “pras despesas miúdas”, diz com gostosa gargalhada, mas não deu certo.

Houve um erro de pessoa. O dono da grana também era um Olney B, mas Olney Barreiras, empresário de múltiplos negócios, que também movimentava ali com o Albertinho seus caraminguás.

Vertedouro ganha concurso Cidade Jardim

O Parque do Vertedouro da Barragem Santa Lúcia (fotos) foi o vencedor do Concurso Cidade Jardim promovido anualmente pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente da Prefeitura de Belo Horizonte. Este parque é adotado pela Metron Desenvolvimento Urbano, e o destaque da apreciação foi para o jardineiro Ailson de Jesus dos Santos, que replantou toda a encosta da rua João Junqueira, de acesso ao parque pela Artur Bernardes, e cuidou com zelo e assiduidade até que as plantas pegassem. 

A chefe do Departamento Centro da Fundação Municipal de Parques, Tatiani Cordeiro, informou que para o ano que vem vai inscrever o Parque da Barragem Santa Lúcia para concorrer a este prêmio Cidade Jardim.

O ideal seria que alguma grande construtora construindo na região adotasse o parque, como forma de compensação pelo dano ambiental. A poderosa Construtora Caparaó, por exemplo, que tem atuado no Luxemburgo, poderia se comprometer.

Carlão agora sua apenas na pista da barragem

O político carismático desperta sentimentos de paixão e ódio. E um político que foi um dos fundadores do PT, tem quase 1,90 metro de altura, fala cantando os erres como o pessoal do sul do país, apesar de ter nascido baiano, e sempre esteve no ataque quando oposição, desperta ainda mais sentimentos, diriam alguns, “nada republicanos”.

Pois este pode ser o perfil de um político que, aposentado, anda diariamente na pista da barragem, passos largos, forte e suando muito depois das oito voltas regulamentares.

Este político é Antônio Carlos Pereira, o Carlão, (foto) que agora, “no gerúndio”, como diz, acertando sua aposentadoria, dando algumas aulas, prepara-se para deixar Belo Horizonte e se mudar para Brasília. Carlão quer ficar perto da neta Maitê, de um ano e seis meses de idade, filha de Julia, antropóloga da Funai.

O enxadrista acredita na sorte

David Felipe Corrêa (foto) é aposentado na Petrobras Distribuidora onde fez carreira e agora observa à distância as interferências de dona Dilma nos destinos de maior e mais importante empresa brasileira. Como enxadrista, ele observa cada movimento que Graça Foster executa para segurar a inflação e permanecer no tabuleiro internacional.

O xadrez, por ser um jogo de estratégia e tática, não envolve o elemento sorte. Mas para David Corrêa, que já venceu alguns campeonatos amadores e esteve em evento onde o lendário Meckinho se apresentou,  estamos, sim, precisando de sorte para enfrentar estas caminhadas na pista da barragem, onde se assalta à luz do dia e pelos mesmos adolescentes.

Enfrentando corrida de obstáculos

A logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa. A logística é uma subárea da Administração, envolvendo diversos recursos da engenharia, economia, contabilidade, estatística, marketing e tecnologia, do transporte e dos recursos humanos.

Pois é. Esta jovem senhora aí da foto, Leandra Ferreira Moura, formada em administração, tem MBA em Logística e ainda está se decidindo onde vai aplicar seu conhecimento. Ela se prepara para concursos públicos, cuida da filhinha Luara, de 1,5 ano de idade, e ainda consegue se dedicar à corrida: são 4 voltas correndo e mais 4 caminhando na pista de 800 metros da barragem.

Sussumo ataca novamente

Sussumo Osawa (foto) continua trabalhando em benefício da pequena comunidade de amigos que frequentam a academia a céu aberto ali da praça República do Líbano. Agora foi o aparelho para “remadas” que quebrou, fruto mesmo de uso constante dos “atletas” de todas as manhãs. O voluntário retirou a peça, levou para a serralheria Ferrari, ali na Artur Bernardes, trouxe o serralheiro para soldar e equipamento e o ajudou a colocar tudo em funcionamento. Sob os olhares agradecidos dos “remadores” e caminhantes do parque da barragem. O custo do serralheiro ficou em R$80,00, pagos pela contribuição de cada um dos frequentadores, que, agora, voluntariamente, contribuem com R$10,00 por mês para estes pequenos consertos.

O neurocirurgião voa ao encontro de seus pacientes

O doutor Francisco de Lucca Junior (foto), neurocirurgião dos hospitais Biocor e Socor, dá asas a um atendimento personalizado e competente em Belo Horizonte e pelo menos mais seis cidades do interior de Minas. Especialista pela universidade de Sorbonne, em Paris, formado há 20 anos, há três anos ele adquiriu um avião Beechcraft Bonanza A36 nos Estados Unidos, e agora reparte seu tempo no atendimento a casos de aneurismas cerebrais, carótidas e problemas endovasculares.

Normalmente ele mesmo pilota seu Bonanza, um monomotor leve e eficiente, com capacidade para o piloto e mais cinco passageiros, nas viagens que faz a Divinópolis, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Montes Claros, Juiz de Fora e Ubá. Dá para ele ir e voltar a Belo Horizonte a tempo de ainda pegar o expediente da tarde no Biocor.

O avião fica estacionado no Aeroclube do Carlos Prates e seu único receio é que a Anac cumpra a ameaça de tirar o aeroporto de onde está, o que prejudicaria a ele, seus pacientes e dezenas de outros pilotos que usam o Carlos Prates, pela facilidade de acesso mais central.

Francisco de Lucca Junior não caminha na pista do Parque da Barragem Santa Lúcia. Mas tem pacientes por lá e recomenda vivamente a prática de exercícios regulares. Caminhe e fuja do cateter.

Este é o Bonanza do Dr. Francisco de Lucca Junior, prefixo PT-FLJ, as iniciais de seu nome

Caparaó detona rua no Luxemburgo

Moradores da outrora pacata rua Engenheiro Teodoro Vaz, entre a Guaicuí e Engenheiro Alberto Sharlé, no Luxemburgo, pertinho do Pingo d’Água, estão em pé de guerra com as construtoras que erguem dois enormes prédios, um em cada esquina da rua, de 30 andares cada. A Construtora Caparaó, numa tremenda sem-cerimônia coloca seus enormes caminhões betoneiras e quetais na rua, interrompe o trânsito, emporcalha os muros com respingos de cimento, destrói as delicadas plantas que moradores vêm cuidando há anos e ainda inferniza o sossego de todos, com uma barulheira de dar dó. Elvino Fonseca (foto) mora na rua e informa que os moradores não conseguem refrear a especulação imobiliária, mas exigem respeito e querem mudança de comportamento dos empregados das construtoras.

A festa dos "Andarilhos" ficou para o dia 13

Maurício Percope Gonçalves (foto) faz suas caminhadas na avenida Bento Simão, no São Bento, e ontem esteve em  reunião na mesa de canto da Pizzarella com seus amigos João Costa Couto e o delegado Wilson Barreto, este uma enciclopédia de casos de hoje e de ontem, que conta com leveza e muita graça.

Maurício Gonçalves comentava com os companheiros a mudança de data do churrasco anual dos “Andarilhos do São Beto”, que este ano será comemorado no dia 13 de dezembro por causa de um problema médico do principal promotor da festa, o empresário Márcio “Ratinho”. Dimas Figueiredo, doublê de caminhante no São Bento e na Barragem, fornece as camisetas que identificam o grupo.

Etelson Hauck, bits e bytes na pista

Etelson Hauck é engenheiro civil e atua nesses novos segmentos de conhecimento que advieram com o surgimento da informática e internet. Ele é consultor de TI (Tecnologia da Informação) do Sindicato das Empresas de Informática de Minas Gerais.

Etelson se debruça em bits e bytes, é especialista em linguagem binária, consegue passar os novos conceitos em comissões de representantes na Câmara Municipal de Belo Horizonte, mas não resiste à droga natural importantíssima para o ser humano, as endorfinas, que ele produz nas fortes caminhadas que faz na pista do parque da barragem Santa Lúcia.

Outro dia ele conversava com Paulo Esdras sobre a aplicação de tecnologia na indústria da celulose, assunto que Paulo domina como poucos, anos de atuação que tem no conhecimentos das fibras curtas e longas.

Morreu Nilton Santos, a enciclopédia do futebol

Morreu hoje, aos 88 anos (16-05-1925), Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol.

Ele não caminhou no Parque da Barragem. ele não frequentou os gramados mineiros com a assiduidade que todos gostaríamos. Ele agora não caminha mais.

Danilo Bellesia, torcedor, frequentador do parque, deu este depoimento sobre o mestre:

"Eu o vi,ao vivo,no Maracanã, em 17-12-1962, no bi-campeonato do Botafogo. Jogo em que Garrincha fez até chover..

Quando parou de jogar, não acostumado à aposentadoria, saiu pelo aterro

do Flamengo a ver as peladas que corriam animadas por lá. Em um determinado momento, ao ver que uma das equipes estava incompleta, se ofereceu para participar da brincadeira. Nisso, um dos jogadores falou para o companheiro do time adversário :" Fulano,já que seu time está melhor, pega esse 'velhinho' aí".

Mal sabia que seu time iria contar com um 'velhinho' de 40 anos, bi-campeão do mundo e eleito o lateral esquerdo do seculo XX pela FIFA e que, apesar disso, sentia-se envergonhado ao receber o salario no final do mês por uma atividade que lhe dava a razão para viver.

Nosso pais sente falta de um homem assim."  

Luciene e a psicologia das massas

Luciene Figueiredo Lima tem duas casas, uma no bairro do Santo Antônio e outra na cidade de Juiz de Fora, onde faz companhia para a filha, que estuda medicina na UFJF, e já lhe deu “ordens médicas” para pegar firme nos aparelhos de ginástica.

Ali, na academia a céu aberto do Parque da Barragem, ela atua num campo que conhece bem: uma boa discussão com o amigo Sussumo Osawa sobre as últimas atuações do Atlético mineiro, torcedora fanática, incondicional, que aprendeu a ir ao campo com o pai Heli Figueiredo, de tradicional família do sul de Minas.

Psicóloga por formação, ela não atua na profissão mas aconselha aos amigos uma concentração de forças mentais que cruzem o oceano e ajudem “nossos meninos” lá no Marrocos, no campeonato mundial de clubes da Fifa.

Gláucia e seu risco

Esta caricatura acima é do editor do Blog do Parque, jornalista Eustáquio Augusto dos Santos, feita pela artista plástica, desenhista e jornalista Gláucia Carleial. Com esta primeira caricatura, o Blog inicia uma seção de caricaturas de seus retratados, sempre feitas pela artista Carleial, pintora neoimpressionista, de traço delicado e mente aberta, que aceitou este novo desafio em sua carreira.

Coluna do Pacome

Os adeptos das atividades físicas liberam substâncias chamadas endorfina e serotonina.Substâncias naturais produzidas pelo cérebro em resposta à atividade física, visando relaxar e preservar-nos da dor e que dá enorme prazer. Diferentemente de outras drogas, é produzida pelo próprio organismo e realmente melhora o humor, despertando uma sensação de euforia, bem-estar e é sinônimo de saúde.

Naturalmente, de nada adianta a atividade física e a mudança dos valores de vida se o indivíduo é fumante. Portanto, vamos parar de fumar para termos uma vida mais saudável e longa.  Largar o vício do cigarro deve ser encarado como uma medida urgente de sobrevivência. (Carlos Eduardo Guilherme)

A quem pertencem os terrenos da favela?

Quinhentas famílias que ocupam uma área de 43 mil metros quadrados no Aglomerado Santa Lúcia, ao lado do Parque da Barragem, podem finalmente ter os títulos de propriedade dos terrenos que invadiram e onde moram.

Esta possibilidade foi aberta pelo advogado Igor Corrêa, representante legal da empresa CBE – Companhia Brasileira de Empreendimentos -, do espólio do jurista Darcy Bessone e seu filho, ex-deputado federal Leopoldo Bessone, que propôs à prefeitura a troca do terreno em pagamento a uma dívida de R$11 milhões de IPTU.

A área é contígua ao local onde a prefeitura de BH pretende construir habitações populares do programa Vila Viva e poderia ser incorporada ao projeto, com a possibilidade, portanto, de permitir aos atuais moradores, feita a urbanização necessária, ter os títulos de propriedades dos locais onde já moram.

A área total do Aglomerado Santa Lúcia, chamada originalmente de Colônia Afonso Pena, pertenceu ao avô do governador Antonio Anastasia, Anastasia Barros, e esta área em questão foi vendida ao professor Darcy Bessone em 1970.

O advogado Igor Corrêa tem proposta para regularizar a posse de terras no Aglomerado Santa Lúcia

Ana Paula, a guardiã tem bom gosto

Ana Paula Montanari (foto) é a fiel guardiã de 12 mil cópias de vídeos perfeitamente armazenadas e catalogadas na Star Video, da praça José Cavalini, 529, na Vila Paris. Ela já assistiu a muitos filmes, fitas também, quando ainda vinham naqueles trambolhos VHS, mas agora tem predileção pelo formato bluray, de imagens fidelíssimas e som dolby.

Ana Paula é descendente de italianos, o avo Giácomo nunca perdeu o sotaque, está sempre de altíssimo astral, com um belo sorriso para receber seus clientes fiéis, que a conhecem pelo nome e se fiam nas indicações que ela faz com uma pitada de psicologia.

Uma chega pedindo uma comédia leve para uma tarde de domingo com pipoca e mãos dadas, outro aquele terror de muito sangue e facadas terríveis, geralmente adolescentes, outros mais se explicam pedindo este ou aquele gênero. Ana Paula está na Star Video há 20 anos, tem dois filhos, Pedro Henrique e João Gabriel, e para hoje indica “O Casamento do Ano” com Robert de Niro e Diane Keaton, uma comédia leve, no estilo mãos dadas.

Delio Guerra, o intelectual está concentrado

Délio Guerra (foto) é um intelectual. Mas não é aquele do Jaguar, que bebe ao invés de ir à praia. Délio vai ao parque da barragem quase todos os dias para caminhadas e exercícios na academia a céu aberto. Ele leva livros para exercitar também a mente e deve ser o único por aquelas bandas que aprecia ler à sombra das paineiras.

Délio Guerra está em ano sabático, em férias prêmio. Ele trabalha na Universidade do Estado, UEMG, é formado em engenharia mecânica e psicologia e está concentrado, lato sensu, para uma importante tarefa que ocorrerá no mês de dezembro, fora do Brasil, mais especificamente, no Marrocos, na África.

Ele vai assistir aos jogos do Atlético Mineiro no Campeonato Mundial de Clubes da FIFA.

Euler Falcão, no comércio exterior

O advogado Euler Falcão faz jus ao nome mas não ao apelido. Como um falcão, olhos agudos e perspicazes, se considera um xerife da área ali da praça República do Líbano: ela toma conta da natureza, olha tudo, anda pouco e conversa muito com os amigos.

Mas o apelido, “Fininho”, ele herdou mesmo dos tempos de mocidade, por ter sido alto e magro, ser um bom “pé de valsa”, muito falante e bom amigo. Euler mora no Santo Antônio e mesmo no Direito dedicou-se ao comércio exterior, área que domina bem, mas agora apenas no sítio ali em Oliveira, onde ele passa alguns finais de semana, fiscalizando o leva-e-traz das formigas, no “exterior” da casa.

Wanderlei, o controle é da cabeça

Wanderlei da França Montes (foto), com seus sessenta e tantos anos, tem uma cabeça privilegiada, uma mente ativa, curiosa, e deve ser por isso mesmo que consegue controlar seus mais de 10 mil itens num caderno escolar que mantém na sua loja de utilidades domésticas na avenida Prudente de Morais, 632, na “passarela do comércio”, aquela quadra onde se encontra de tudo.

A Comercial Montes está por ali há dez anos e Wanderlei conhece cada um dos seus vizinhos e clientes pelo nome. Ele fica por ali, na porta, circulando, e outro dia estava abismado de ver as novas tecnologias funcionando, por exemplo, na loja de sua vizinha, Entre Linhas, onde o computador comanda a máquina de bordar.

Janaína, química por excelência

Química é a ciência que estuda a composição, estrutura, propriedades da matéria, as mudanças sofridas por ela durante as reações químicas e sua relação com a energia. O desenvolvimento desta ciência teve como base as observações de experimentos, sendo, portanto, considerada uma ciência experimental.

Esta é a ciência que encantou Janaína Rizzi Morais, a bonita, simpática e extrovertida professora de química das faculdades Fumec e Newton Paiva. Ela pega firme nos equipamentos da academia a céu aberto ali na praça República do Líbano, é amiga de todos e outro dia estava explicando como a química moderna se desenvolveu especialmente com relação à mecânica quântica. A descoberta da estrutura do DNA também se deveu a estudos químicos sérios levados a efeito nos Estados Unidos. 

Eles fazem as nossas cabeças

José Antônio Maurício, o Toninho, 49 anos, e Samuel Andrade, 40 anos, (foto ) são amigos há 22 anos. E trabalham juntos também há 22 anos. Como cabeleireiros de homens e crianças, atualmente na rua Iraí, 113, onde já estão há 10 anos. O salão S & T, Samuel e Toninho, virou ponto de encontro na Vila Paris, para ler o “Estado de Minas” ou passar os olhos na Playboy do mês, encapada, que é para não assustar às senhoras que frequentam a casa na companhia de seus meninos, confortados nuns carrinhos/poltronas pra Felipe Massa nenhum botar defeito.

Samuel tem duas datas de nascimento, 17 de março e 24 de abril, esta no dia que sofreu um acidente com sua moto CB 300, na avenida Cândido da Silveira, ao ser fechado, cair no asfalto e ver um ônibus parar em cima de sua canela esquerda. Ele ainda pediu ao motorista para dar uma ré, antes de desmaiar. Hoje, sete meses depois, ele já caminha bem com uma prótese.

Entre Linhas, os bordados pessoais

Edilma Pires (foto) é alegre, extrovertida e nem parece que se dedica a uma atividade ponto-a-ponto, minuciosa, que requer atenção e bom gosto.

Ela tem a Entre Linhas, bordados personalizados, na avenida Prudente de Morais, 648, ali naquela quadra “passarela do comércio”, onde se encontra de tudo, loteria, botequim, restaurante, utilidades, casas de roupas e até uma deliciosa sorveteria, a Doce Gelato.

Edilma faz bordados computadorizados em guardanapos, bonés, camisetas, toalhas, monogramas, uniformes. Borda logomarcas e também trabalha com pequenas e grandes quantidades de bordados em guardanapos em puro linho.

Ela está na atividade há mais de dez anos, mas só recentemente se instalou na Prudente. E ainda não tem tempo de acompanhar o companheiro Sergio Lopes (foto abaixo) nas caminhadas pelo Parque da Barragem Santa Lúcia.

Karl Lein, o alemão em patins

Karl Lein (foto) se destaca na paisagem da pista da barragem: um metro e noventa de altura, quase dois metros de patins, e equipamentos de proteção como capacete, joelheiras, braçadeiras e luvas, ele circula com elegância e respeito entre os praticantes de caminhadas. Karl é alemão, da região de Frankfurt, engenheiro, tem uma empresa de controle de poluição no setor siderúrgico( Air Polution Control)  e está no Brasil há 37 anos.

Casado com uma brasileira, tem duas filhas, e explica que o setor no qual trabalha está meio que em crise, pois os empresários, por exemplo, no setor de fundições, onde a poluição é tremenda, preferem gastar com carros novos, mercedes e audis, do que investir em equipamentos que melhorem as condições ambientais para seus empregados e a população em geral.

Evaldo, o engenheiro que pesca no frio

Evaldo Gonçalves (foto), 73 anos, é engenheiro, mas daqueles das antigas, que foram pro interior construir estradas, erguer pontes, enfrentar os bichos, grandes e pequenos, onças e mosquitos, comer do que encontrasse, caça e maravilhosos peixes. 
Enfrentou os tempos duros da engenharia no país, criou sua própria empresa, a Jatomix, esta com aqueles grandes caminhões betoneiras que levam o concreto pronto para as obras. Vendeu a companhia para a Votorantim e agora, bem, agora, tomou gosto, gosta do mato, mas num interior mais civilizado, no sul de Minas, num condomínio chamado Vale Verde, onde ele “pesca” o peixe direto da geladeira, acompanhado de uma “loira gelada” e a companhia de bons amigos.

Abrão Roque, o combustível de uma vida

Abrão Roque da Silva (foto) aposentou-se na Petrobras, na Refinaria Gabriel Passos, em Betim e Ibirité.  Ele foi técnico de operação e enfrentou por bons anos a viagem de BH a Betim, pois sempre morou próximo à barragem Santa Lúcia, primeiro no Santo Antônio e depois no Luxemburgo.

Abrão gastou milhares de litros de gasolina para se locomover nestas viagens, mas seu combustível agora é uma boa alimentação e um par de pernas que o levam por fáceis cinco voltas na pista da barragem.

A REGAP possui uma área de 12,5 Km² e uma capacidade de produção de 151 mil barris/dia. Seus principais produtos são: gasolina, óleo diesel, querosene de aviação, GLP, aguarrás, asfaltos, coque e enxofre.

Sua contribuição em impostos é de R$ 1,26 bilhão/ano (ICMS).

Dirce e Roberto, o exercício do prazer

Roberto Nunes e Dirce (foto) preferem se exercitar em casa. Ele na bicicleta ergométrica, ela no fogão, nos afazeres domésticos. Mas nos finais de semana gostam de uma boa prosa com amigos que frequentam a pista da barragem, como o Arildo Batista, e juntos dão umas voltas antes da indefectível cervejota ali no Verdinho, que ninguém é de ferro e afinal a primavera está propícia. Ele já se aposentou no Tribunal Regional do Trabalho, onde entrou por concurso depois de ter trabalhado bons anos como engenheiro da Usiminas.

Hélcio, o Direito como norma

Hélcio Corrêa (foto) é desses advogados que têm muitos casos para contar. Já viveu situações divertidas, peculiares, violentas, trágicas, poderosas. Venceu e perdeu grandes causas, especialista que é em direito empresarial. Não advoga para bancos, mas contra bancos. 

Chegou numa posição de vida que se dá ao luxo de ter fazenda de gado numa cidadezinha a 100 quilômetros de Belo Horizonte, destas bem pequenas, que a gente nem se lembra do nome. Mas tem lá algumas famílias cuidando das coisas, alimentando o gado e os cavalos nos quais ele cavalga a cada 15 dias, cada bichão grande, acho que manga-larga marchador. 

Ele é o consultor informal dos amigos ali na pista da barragem, onde caminha diariamente. Conhece de quase um tudo e atualmente anda explicando como as coisas vão correr para os condenados do mensalão, Zé Dirceu e companhia. Mas não se arrisca a um prognóstico, pois quando a política anda de mãos com o poder judiciário, quem perde é a sociedade.

Flavia e seu "espaçoso" Maverick

Flavia Couto (foto) tem um cachorro grande, sem raça definida, “uma agradável mistura”, e gosta de passear com ele aos domingos no parque da barragem. Maverick é mais ou menos como o carro que lhe deu nome: grande, espaçoso e consome muito combustível, no caso, quilos e quilos de ração.

Flavia é analista de compras e trabalha atualmente num dos maiores empreendimentos em construção na cidade, o Hotel Golden Tulip, investimento de R$200 milhões, previsto para ser inaugurado agora em dezembro. Localizado na Contorno com Andradas, o hotel terá 405 apartamentos, 100 deles já vendidos, e heliporto.

Será um hotel cinco estrelas e está dentro do esquema de aumento de vagas de hospedagem em Belo Horizonte para a Copa do Mundo do ano que vem.

Segundo o jornal “O Tempo”, existem hoje na cidade 43 empreendimentos hoteleiros em andamento, ao custo total estimado de R$1,41 bilhão.

Carioca, o "x" da questão

Antonio Carlos Mendes, o Carioca (foto) é amigo de todos ali nas bandas da barraca de coco do Tião. Sabe do que acontece na área, dá notícia de quem chega e quem sai, é amigo da moça da banca de revistas da praça República do Líbano, onde sempre compra o carioquíssimo jornal “O Globo”, gosta de falar das praias de Ipanema e Leblon, que frequenta em suas constantes idas ao Rio, mas não fala mal de Belo Horizonte. Está por aqui há anos, com mulher e filhos, e sempre comenta que o Parque da Barragem tem um certo ar carioca, com as árvores, a lagoa e este ambiente de bons amigos e muita água de coco. Ele foi executivo de grandes magazines, mas agora, aposentado, gosta mesmo é de gastar nos “malls”.

O linguista caminha sozinho

Hugo Mari (foto) se exercita diariamente com vigorosas caminhadas na pista da barragem. Geralmente caminha sozinho, talvez pensando em seus alunos, em filosofia, em linguística, seu ramo de atividade. Linguística é a área de estudo científico da linguagem. O jornalista norte-americano Russ Rymer certa vez a definiu ironicamente da seguinte maneira:

“A Linguística é a parte do conhecimento mais fortemente debatida no mundo acadêmico. Ela está encharcada com o sangue de poetas, teólogos, filósofos, filólogos, psicólogos, biólogos e neurologistas além de, não importa o quão pouco, qualquer sangue possível de ser extraído de gramáticos.”

Hugo Mari possui doutorado em Estudos Linguísticos pela UFMG e realizou, em 2001, estágio de pós-doutorado na Université Paris XIII. Atualmente, é professor do Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas e sua atividade de pesquisa e de docência está voltada para as áreas de semântica, pragmática, cognição e análise do discurso.

Marie, uma chinesa rara

A chinesa Marie, esta cadela da raça shar-pei é esperta, alegre, mansinha e tem um paladar especial: gosta de frutas, especialmente polpa de coco, que ela come com sofreguidão e em qualquer quantidade oferecida.

Mas Marie é uma cadela bem especial, com algumas características: ela tem problemas de pele, muitas alergias, alimenta-se de ração especial, já foi operada das pálpebras, que cresciam para dentro dos olhos, mas supera tudo com sua amizade e docilidade para com sua dona, a estudante Gabriela Braga, moradora do São Bento e que hoje estava com a cadela para seus passeios diários. Os cães da raça Shar-pei foram incluídos em 1978 no Guiness Book of Records, como os cães mas raros do mundo.

Fique calmo, beba água de coco

O coco é o recordista nas barracas de sucos do Parque da Barragem. Sebastião de Jesus Leite, o Tião, vende cerca de 1.500 unidades por semana somente ali naquela barraca a montante da barragem. O pessoal tem consumido a água pura ou nos sucos batidos com abacaxi e hortelã.

O valor nutritivo do coco varia de acordo com seu estado de maturação, apresentando de maneira geral bom teor de sais minerais (potássio, sódio, fósforo e cloro), e fibras, importantes para o estímulo da atividade intestinal. Devido ao seu conteúdo em sais de potássio e sódio, é um alimento adequado contra aterosclerose, para o sistema nervoso, cérebro e pulmões, além de ser um bom alimento para os diabéticos.

Os trilhos nos caminhos de Maurício

Maurício Cordeiro é engenheiro eletricista, aposentado da Cemig e tem um gosto especial, um hobby que o conduz por trilhos no mundo nunca antes imaginados pelos normais dos mortais. Maurício gosta de trens de ferro. Mas não se interessa tanto pelas máquinas em si.

O engenheiro gosta mesmo é de viajar de trem e já o fez pelo mundo todo, no Brasil muito pouco, pelo simples fato de o país não possuir ferrovias. “Temos aqui a Vitória Minas, da Vale, com viagens diárias entre Belo Horizonte e Vitória, com bons vagões, com ar condicionado e tudo mais, e umas poucas espalhadas pelo Brasil, nada importante.”

A paixão do engenheiro pelos trilhos é tanta que não resistiu. Ao se aposentar criou um site na web, www.tudosobretrilhos.com.br.

Entre, vá lá, viaje nesta página, dá para comprar passagens nos trens da Bósnia, ver fotos de viagens incríveis, conhecer as melhores ferrovias do mundo. Tudo sobre ferromodelismo, a história do trem no mundo e no Brasil. Enfim, meu caro mineiro, é um “trem bão demais” este site do Maurício, que só não trepida porque a conexão é estável. 

 

Vai uma marretada aí?

Hei, você aí, praticante de árduas caminhadas pela pista do Parque da Barragem! Suando muito? E a turma da academia ao ar livre, ali na praça República do Líbano? Pegando pesado? Que tal radicalizar? Pegue uma marreta de dez quilos e um pneu de trator desses “off the road” de mineradoras. Depois, ah, depois é só baixar a marreta com força, na carcaça do pneu. Umas dez, 20 vezes.

É como você vai descobrir sua força na Core4Life, novíssima academia de “treinamento funcional” aberta da Iraí, 111, na Vila Paris. Lucas Baeta, este na foto com a marreta, e Enrrico Machado, o que o segura na outra foto, são os fortões com esta nova visão. A intenção é tornar o corpo mais eficiente, com treinamentos que trabalham vários músculos em cada exercício, utilizando equipamentos simples como cordas, pesos livres e bolas, e movimentos de erguer, girar e saltar. E marreta no pneu.

Morreu dona Mariinha

Maria Antônia Teixeira Santos teve uma vida com cinco filhos, 16 netos e um bisneto. Nasceu em 1923, casou logo depois do término da Segunda Grande Guerra e foi sempre aquela Mariinha da mesa farta, casa cheia, gostosas lasanhas, comidas calóricas, leitões, carnes variadas, festas da Santana na fazenda perto de Belo Horizonte, recepções perfeitas nas décadas de 60 e 70 na cobertura da Augusto de Lima. 

Antonieta era dedicada ao lar, tinha muitos amigos, muitas empregadas, sempre uma palavra amiga e de consolo. Era católica e gostava de comemorar com grandes festas as datas dos seus santos de devoção. Mariinha morreu no dia 13, em casa, de embolia pulmonar, aos 90 anos, e foi sepultada ontem, dia 14, no jazido familiar do Cemitério do Bonfim. Deixa viúvo seu companheiro de 65 anos de vida em comum, Hiron de Oliveira Santos, os filhos Alex Teixeira Santos, Rosana, Marco Túlio, Bruno e Hiron de Oliveira Santos Filho, já falecido, além dos netos e bisneto.

Tamanho não é documento

Carlos Eduardo Guilherme, o Pacome, tem o título de educador físico e três décadas de experiência com crianças, adolescentes e adultos, técnico de vôlei que foi do Minas Tênis Clube. A pedido do Blog do Parque, escreveu este pequeno texto opinativo, que em jornal chamamos de suelto.

“O preconceito com a altura é grande. E, muitas vezes, os pais de crianças normais, porém baixas, procuram auxílio médico em busca do milagre do crescimento. O tratamento só é indicado em alguns casos específicos, como distúrbios hormonais e deficiência nutricional. Fora isso, remédio e atividades físicas para o crescimento são o mesmo que tônico capilar para nascer cabelo: não valem nada. Nenhum medicamento altera a genética do crescimento. Diz o dito popular: “tamanho não é documento”. Há controvérsia. Pois, em se tratando de certas modalidades esportivas, a estatura é fundamental. “

O elétrico José Alberto

José Alberto Castilho (foto) é seco, deve ter uns 15 por cento de gordura corporal, quase nada, de uma saúde invejável. Mas também ele corre 22 quilômetros todos os dias, vejam só, aos 70 anos de idade, e tem fôlego suficiente para enfrentar jornadas de trabalho em canteiros de obras.

Ele é técnico em material eletromecânico, já esteve nas mais importantes construtoras brasileiras e hoje atua na empresa CGPlan, empreiteira da Cemig. Ele mora no bairro do Santo Antônio e está de recesso neste final de semana prolongado. Então, para não perder o embalo,  vai correr somente 18 km.

Com o espanhol na ponta da língua

“Buenos muchachos. Están bien? Me voy mañana para Miamirim.” Assim, em espanhol mesmo, e de ótimo astral, Marinalva Portilho Vieira (foto) cumprimentou os amigos de caminhada Sussumo Osawa e Danilo Bellesia para uma meia dúzia de voltas na pista da barragem Santa Lúcia. Ela é professora de espanhol no tradicionalíssimo Colégio São Paulo, na Cidade Jardim, e anunciava com ironia que iria no dia seguinte para Manhumirim, “a nossa Miami “, onde a gente “encontra os amigos, toma umas boas cervejas e se empanturra de comida gostosa e gordurosa, pra depois tentar tirar as calorias aqui, nestas árduas caminhadas”.

A delicadeza na pintura em porcelana

A pintura em porcelana requer mãos firmes, bons olhos, atenção e a paciência daquelas pessoas focadas na beleza e bom gosto. Utilizar-se de um objeto, uma xícara, um prato, de porcelana pintada em ouro, por exemplo, é bom aos olhos, é bom ao coração.

Diva Costa e Elianete Hudson (foto), tia e sobrinha, possuem um aconchegante ateliê na rua Barcelona, 290, apto. 701, onde ensinam esta tradicional arte de pintura em porcelana. Diva expôs e vendeu seus trabalhos por 19 anos na antiga feira livre da praça da Liberdade e só parou para ficar mais em casa, fazer companhia para o marido. Fale com a Diva e se inscreva nas aulas: 3342 4362.

Ayres, pedalando pelo mundo

Ayres Mascarenhas faz caminhadas, corre seus milhares de metros todos os dias, rigorosamente cronometrados e medidos por aparelhinhos que usa nos pulsos,  mas gosta mesmo é de pedalar sua bike de fibra de carbono pelas ruas de Belo Horizonte e outras do velho mundo. Ayres e sua esposa Rosane já pedalaram pelas vias de Paris e estradinhas do interior da França, curtiram as belas estradas austríacas e ainda em setembro estiveram no sul da Alemanha, fazendo o circuito romântico. De bicicleta.

Ayres é engenheiro, aposentou-se pela Cemig e esteve uns tempos trabalhando com o prefeito Marcio Lacerda, de quem foi colega da CPOR, assim como também deste blogueiro.