Psicóloga social e ativista ambiental
Interessante observar como a relação das pessoas das áreas urbanas tem mudado quando o assunto é chuva.
As chuvas são fenômenos naturais, mas nas
grandes cidades seus efeitos são também sociais.
Como nos centros urbanos
grande parte do solo é impermeabilizado pelo asfalto e pelo cimento, a
capacidade de a água infiltrar na terra fica diminuída, aumentando as chances
de enchentes.
Somado a isto existe o problema do lixo jogado nas
ruas, agravando ainda mais a situação. Talvez por isto, até bem pouco tempo, muitas
pessoas das grandes cidades só ressaltavam os aspectos negativos das chuvas.
No entanto, com a realidade da escassez hídrica e o
aumento da temperatura, as pessoas que vivem nos centros urbanos parecem começar
a perceber que as chuvas são mais do que necessárias, fundamentais para a vida
das plantas, dos animais, do homem.
Necessárias à vida dos rios, essenciais à manutenção
de nascentes e ao fornecimento de água das cidades, ou seja, fazem parte de um ciclo
de equilíbrio da Natureza.
Se num passado recente somente as pessoas do campo
entendiam e valorizavam as chuvas, hoje, nas cidades, a consciência começa a
mudar.
Percebe-se que não são as chuvas as
causadoras de tanto transtorno, mas sim o despreparo das grandes cidades para
recebê-las.
Afinal, a água que vem do céu representa a vida que nasce na terra.
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