José Ronaldo e Tereza Maria (foto) são vizinhos do Parque da Barragem há mais de 20 anos. Moram no prédio quase em frente à lagoa, no São Bento. Foi ali que criaram seus três filhos, Mariana, arquiteta; Mozart, advogado e Lucas, engenheiro.
Têm duas netas, que gostam de paparicar.
Por conta do trabalho dele, um administrador que presta serviços para grandes empresas na área da construção civil em refinarias, o casal já morou dois anos no Rio, outros três em Recife.
Mas o cantinho em BH nunca foi desmanchado, ao contrário, ambos sempre fizeram questão de manter seu “pouso”, como dizem, na capital.
Com os filhos já criados e casados, eles relembram com saudades dos tempos em que nem existia a lagoa no Parque. E constatam, com satisfação, que as coisas melhoraram muito.
No entanto, embora admitam que os assaltos no Parque deixaram de ser uma constante, ainda reclamam da violência que assola o Bairro São Bento. O seu prédio, por exemplo, já foi invadido por ladrões várias vezes. Da última, levaram até as cadeiras do hall de entrada.
Apesar de tudo, consideram que a redução da maioridade penal não vai resolver a questão. “Se a sociedade não fizer um esforço para melhorar a qualidade de vida das classes menos favorecidas, não haverá solução para a violência”, vaticina Tereza Maria.
Ela também reclama da falta de educação dos frequentadores do Parque, que estacionam os carros em locais proibidos, dificultando o trânsito de quem mora na região e desrespeitando as mais claras leis. “Chegam a estacionar nas rampas de cadeirantes”, se horroriza ela.
E propõem o lançamento de uma campanha que atinja todos os frequentadores conscientes: “Seja um fiscal do Parque”, é a proposta.
Quem flagrar o dono de um cão que não recolhe as fezes do animal, por exemplo, deve abordá-lo e chamar a sua atenção, o mesmo acontecendo ao ver algum motorista estacionando em local proibido. (Post Tetê Rios)
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