sábado, 13 de dezembro de 2014

Maria Antônia, dona de casa, é preciso saber viver


Do alto dos seus 94 anos, dona Maria Antônia Pereira Ramos (foto) é, certamente, a frequentadora mais idosa da pista do Parque da Barragem. 

Poucos minutos de conversa com ela remetem à música de Roberto e Erasmo Carlos, “É preciso saber viver”.

Mineira de Passa Quatro, no Sul de Minas, ela se mudou há 60 anos para a capital, com o marido e os cinco filhos, justamente para que eles pudessem estudar.

“Todos têm diploma de curso superior”, conta, orgulhosa, ao falar dos filhos, quatro homens e uma mulher, alguns engenheiros, como o pai (que era agrônomo, funcionário do Ministério da Agricultura), outros advogados. 

Também se orgulha ao falar dos 18 netos e dos cinco bisnetos, que enchem a sua casa nos fins de semana.

Moradora do São Bento, ela faz questão de dar uma volta pela lagoa, todos os dias, guiada pela cuidadora Elizabeth da Silva Ribeiro.

Até hoje dona Antônia lamenta a morte do marido, com o qual ficou casada durante 40 anos. Vaidosa, não dispensa as joias para o passeio matinal: são anéis, alianças, brincos, colar, broche, tudo de muito bom gosto.

“Acho bom vir aqui, gosto de alegria, de gente por perto”, diz. Enfrentam alguns obstáculos nos poucos metros que separam seu apartamento do Parque, principalmente os buracos nos passeios, que chegam a travar a cadeira de rodas, segundo a cuidadora.

“Não posso me queixar da vida”, afirma dona Antônia, que vive aconselhando as netas a escolherem bem o futuro marido, lembrando de seu casamento feliz, ao mesmo tempo em que comemora a boa saúde física e mental, perto de celebrar um século de vida. 

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