Orlando Josias
(fotos) tem 52 anos e hoje saiu de casa, no Aglomerado Santa Lúcia, para
comprar um frango assado, um pacote de farofa “incrementada com umas pimentas”, e
talvez, quem sabe, uma garrafa “daquelas amarelinhas, que descem queimando que
é uma delícia”.
Orlando ficou paraplégico
depois que levou um tombo em uma escada há 27 anos, portanto quando ele tinha
35 anos e trabalhava como “caixista” da cervejaria Skol.
Ele era da turma que
pegava no pesado, carregava e descarregava caixas e mais caixas da “redonda”,
que naquela época não era “nem redonda nem quadrada, era mesmo em garrafas de
vidro, pesadas pra xuxu, que a gente quase que segurava uma em cada braço”.
Ele vive uma pensão do
INSS, tem três filhos que não sabe por onde andam, “aí pelo mundo”, que saíram de
casa com a mãe “depois do infortúnio” e nunca mais apareceram.
O frango assado, a farofa
e a “amarelinha” são para comemorar a vitória do Brasil amanhã, sexta-feira,
diante da poderosa Colômbia. E seu palpite é firme: 4 a 0 para o Brasil.
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