COLUNA DO PACOME
Carlos Eduardo Guilherme
De todas as invenções portuguesas, a mais universal e mais difundida é, sem dúvida, o “um minuto de silêncio”, com o qual se presta homenagem a um morto ilustre.
Tudo começou no dia 10 de fevereiro de 1912 com a morte de José Maria da Silva Paranhos Júnior (Barão do Rio Branco), ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil e pessoa muito querida em Portugal.
Depois de seu falecimento, todas as vezes que morria alguém passível de homenagem, o Legislativo português repetia o gesto. No início a homenagem era de dez minutos, com o tempo passou a cinco, depois a um.
Em seguida, as casas legislativas europeias copiaram o modelo português. Daí para o resto do mundo foi um minuto só, sobretudo nos estádios e ginásios esportivos. Pensando bem, é uma homenagem que ninguém quer receber. Por enquanto.
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