quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Sombra e água fresca, uma questão política

Questões Urbanas


Fabíola Carvalho, psicóloga social e ativista comunitária


Quando alguém diz que só quer “sombra e água fresca”, logo associamos à uma situação de tranquilidade, de despreocupação, de qualidade de vida, até de uma certa preguiça.

Mas se prestarmos um pouco mais de atenção, veremos que tanto a sombra das árvores, quanto a água fresca das nascentes tornam-se cada vez mais escassas, devido a ação humana.

As árvores, em área urbana, fornecem muito mais que sua sombra e beleza. Ajudam a diminuir a poluição do ar, os níveis de ruído, fornecendo as necessidades de oxigênio para nossa sobrevivência.  

Além disso auxiliam no equilíbrio da temperatura, na proteção dos lençóis freáticos, na umidade do ar e constituem um importante refúgio para a fauna ainda existente nas cidades. 

Mas, nas áreas urbanas, as árvores dividem o espaço com o cimento, o asfalto, os carros e as construções.

“Sombra e água fresca” são, na atualidade, uma questão de cidadania, e muitos cidadãos sozinhos ou mobilizados em grupos e associações lutam pelo mesmo objetivo: a preservação destes recursos naturais, seja por mais espaços verdes e pela recuperação dos ainda existentes.

Se no passado a expressão podia ser associada à preguiça, hoje representa ação política e bastante trabalho.

Parque da Barragem Santa Lúcia, 2ª feira, 11 horas da manhã, sombra e água fresca

2 comentários:

  1. Mario Sérgio Oliveira Andrade28 de outubro de 2015 às 09:32

    Mas que foto sensacional esta dos caras e a garça lá na beira do lago. Parabéns. A mocinha lá em cima, a que escreveu o artigo, também é muito bonita, e inteligente.

    ResponderExcluir
  2. O Blog da Barragem está cada dia melhor e mais interessante.

    ResponderExcluir