sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Psicóloga se engaja na política de preservação das nascentes urbanas

Lutemos pelas Águas, lutemos pela vida

Fabíola Carvalho *


Quando se fala em lutar pelo meio ambiente, pelas árvores, pássaros e nascentes, em plena metrópole, muitas pessoas desacreditam dos resultados.

A luta por estas causas, numa área urbana como Belo Horizonte, parece, para muitos, uma causa perdida, com interesses conflitantes com grandes grupos, empreendimentos imobiliários milionários que detém poder econômico e político.   

Entretanto, a luta de uma minoria por uma causa social pode sim surtir efeito. 

Em Psicologia Social o estudo das chamadas Minorias Ativas mostrou que a minoria pode sim influenciar grupos majoritários. Ao se estabelecer um conflito de interesses abre-se a possibilidade para a mudança. Mudança de conceitos, valores, atitudes.

É dentro desta perspectiva que ainda uma “minoria ativa” do bairro Santa Lúcia  busca preservar as nascentes, este patrimônio hídrico do bairro.

Numa época em que a crise hídrica é assunto quase diário na mídia, poucos sabem o que efetivamente se tem feito para preservar as nascentes que ainda existem nas cidades.

No entanto se nenhuma ação for realizada, no sentido de protegê-las efetivamente, seja por iniciativa pública ou da comunidade, a degradação desses “Tesouros Líquidos” que a Mãe Natureza nos presenteou será inevitável. 

O risco da “invasão imobiliária” é cada vez mais premente e o prejuízo ambiental pode ser enorme.

Os moradores do Bairro Santa Lúcia estão buscando junto aos Comitês Hídricos formas de preservar as nascentes que ainda existem no bairro para  se evitar que elas sejam apenas uma lembrança da memória saudosista daqueles que um dia tiveram a oportunidade de conhecê-las. Lutemos pelas águas, lutemos pela vida.

* Fabíola Carvalho é psicóloga social e ativista comunitária.

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