domingo, 6 de setembro de 2015

Design social, a nova arquitetura de poder pelas comunidades


Mãe de Lucca, de dois anos, e Ícaro, de seis, Isabel Mara chama a atenção em seus passeios diários pelo Parque da Barragem com os dois pequenos.

Tranquila, ela deixa os filhos se divertirem, o mais velho dando os primeiros passos nos patins, o caçula todo seguro sobre um patinete que herdou do irmão. 

Com duas rodinhas na frente, o brinquedo já deixou de ser mistério para Lucca, que já vai logo avisando a quem se aproxima: “não empresto meu patinete”.

Isabel, ou Bebel para os amigos, é estudante de Design de Produtos na Fumec, e diz que, com dois filhos pequenos, para poder estudar, só se puder contar com os serviços de uma excelente babá. Mesmo assim, Lucca passa o dia em escola integral.

Bebel é uma estudiosa do Design Social, um ramo da moderna Arquitetura que atua em várias linhas, do empodeiramento das comunidades ao reaproveitamento de resíduos.

Por isto mesmo, o Parque da Barragem é seu laboratório de pesquisas, onde pode observar a diversidade entre o morro e as classes média e alta. 

“Nós temos de ocupar os espaços urbanos”, defende, mostrando, por exemplo, os equipamentos infantis ao lado das quadras, em estado de completo abandono. 

“As mães não levam seus filhos para brincar no espaço porque temem a violência; e, por não serem usados, eles acabam se deteriorando”, lamenta.

Para a profissional, o Parque tem um grande potencial a ser explorado, especialmente para eventos culturais. “Mas tudo depende da própria comunidade”, ensina. (Post Tetê Rios)

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