sexta-feira, 3 de abril de 2015

A estética do abandono, uma tese arquitetônica para a Cidade Jardim

Um prédio abandonado e o envelhecimento da Cidade Jardim: uma tese de graduação para a futura arquiteta Jessika Marques.

Jessika Marques está no décimo período da Escola de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Minas. Ela se forma este ano e está preparando seu Trabalho Final de Graduação (TFG) com o título de “Intervenção na Paisagem Cultural da Cidade Jardim”, por sugestão se sua professora Rita Veloso, que mora no bairro.

A estudante quer desvendar, afinal, a destinação do prédio abandonando onde funcionou a Faculdade de Odontologia da UFMG, construção modernosa, tombada pelo patrimônio histórico, vazia e depredada há 12 anos, e que agora vai receber, finalmente, o Museu Nacional de Ciências Forenses, a ser implantado pelo Departamento de Polícia Federal, superintendência de Minas Gerais.

A implantação do Museu está sendo analisada pelos moradores da região com olho crítico. Afinal, o Museu Forense, ao lado do Abílio Barreto, vai constituir um novo polo cultural na área, com todas as benesses e problemas. 

Os maiores, o trânsito, estacionamentos, e até a convivência em um bairro como o da Cidade Jardim que envelheceu, tem sobre si a possibilidade de tombamento de 80 residências, entre as 240 existentes, e destinações comerciais em ruas que não as permitem.

Jessika Marques conhece o mundo, estagiou por um ano em Roma, no prestigiado Studio Amati, encara a arquitetura como a arte das formas e volumes, e suas representações no espaço. Entende que a solução para a área vai passar pelo bom senso.


Ela esteve no interior do depredado prédio da Odontologia e o registrou num álbum "A Estética do abandono. As fotos abaixo são apenas algumas das cenas de horror, lamentáveis, de um imóvel público até agora sem serventia social.

O interior do prédio da antiga Faculdade de Odontologia está deplorável.

De um fato, todos temos certeza: o prédio da Odontologia precisa ser ocupado com urgência.

O átrio do prédio, outrora espaço de convivência de universitários, hoje, degradado, serve para o lixo e criatório de mosquitos.

Um Museu de Ciências Forenses poderá ser a luz no fim do túnel.

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