Mansur extraiu minério, conviveu com índios e hoje descansa no Parque

Engenheiro de Minas formado pela Universidade Federal de Ouro Preto, uma das mais renomadas escolas do país nesta área da Engenharia, Maurílio Mansur (foto) é um expert em dragagem de minério.

Desde que se aposentou, ele atua como consultor de grandes empresas mineradoras. Sempre que o assunto é o dimensionamento de dragas de minério, ele é solicitado, e às vezes passa meses debruçado em projetos.

Maurílio tem muitas histórias para contar. Morou por 20 anos na Amazônia, na pequena cidade de Pitinga, tendo aos seus pés a floresta e os rios Pitinga e Água Branca. Ama a Amazônia, onde criou seus dois filhos, desde a década de 1980.

Daquela época, lembra-se de quando foi sequestrado por índios da tribo Atroari Waimiri, que queriam apenas uma carona até a aldeia. 

Fortemente armados, com espingardas e flechas, os índios o obrigaram a leva-los até a sua oca, na caminhonete da empresa para a qual trabalhava, a Paranapanema, então uma gigante da mineração brasileira.

O especialista gosta de repetir a máxima e Eliezer Batista, que marcou seu nome na história da Vale: “mineração é uma área, basicamente, de transporte”. 

Para ele, a modernização dos equipamentos acabou com o rejeito dos minérios: rejeito, hoje, é minério, tudo é aproveitado.

Morador do São Bento, Maurílio vem ao Parque todos os dias, para o passeio com Didu, um shitsu de seis anos, que faz o seu próprio roteiro. 

Livre da coleira, depois de alguma voltas em torno da lagoa, o cãozinho dá uma volta obrigatória em torno dos banquinhos até se acomodar em um deles, onde curte o fim da caminhada.