quarta-feira, 11 de junho de 2014

Neuri, o cabeleireiro, faz a cabeça de juízes e empresários. Desde criancinha


Neuri de Oliveira Leite (foto) é figura popular na região. Desde o começo do ano, passou a correr diariamente na pista do Parque. Mas sempre da uma paradinha, para festejar os inúmeros amigos, que saúda pelo nome, ancorado em uma memória fantástica.

Explica-se: há 24 anos ele é cabeleireiro, principalmente do público masculino. Cuida das madeixas de clientes fiéis, que fizeram com ele o primeiro corte de cabelo, ainda bebês. 

Hoje, são juízes, médicos, engenheiros, jornalistas, empresários, advogados e procuradores de Justiça, que mantêm a fidelidade ao mestre das tesouras.

Em seu salão, na Avenida Prudente de Morais, em frente ao Pitágoras, somente ele atende a umas 450 pessoas por mês. Uma empresa familiar, pelo salão passam cerca de 800 clientes a cada mês. Ali trabalham também sua mulher, Dayse, a filha Amanda, e outros dez funcionários. 

Além dos cortes masculinos e femininos, oferecem todos os tipos de serviços de beleza, como penteados, tinturas, manicure, depilação, limpeza de pele.

Tudo começou no extinto Salão Divertido, que marcou época na Rua Gentios, especializado no atendimento a crianças. Neuri era empregado, até que decidiu alçar voo solo, há 14 anos. Mas sua história começa lá longe, na cidade de Abre Campo, na Zona da Mata Mineira.

Neuri nasceu na roça e, ao invés de ir para a escola, muito cedo teve de lidar com a enxada. Da lavoura para a cidade, aos 14 anos foi trabalhar como gari. 

Eu varria as ruas, mas ia ao dentista; tive educação de berço, de minha mãe, dona Terezinha, hoje com 80 anos” orgulha-se.

A fé em Deus, a obstinação e o dom de cortar cabelos trouxeram Neuri para Belo Horizonte, onde construiu a sua profissão e o seu negócio. 

Hoje um próspero empresário, proprietário de uma fazenda em sua região, onde cultiva café e eucalipto, Neuri é exemplo de quem chegou lá: “antes, eu via um carrinho de sanduíche e ficava com vontade de comprar, mas não tinha dinheiro. Hoje, se quiser, eu vou lá e compro o boi”, sorri, brincalhão. (post Tetê Rios)

2 comentários:

  1. Eustáquio,

    O que me encanta no seu Blog é a divulgação das histórias das pessoas, quase todas anônimas, que andam e se exercitam em volta da nossa "Rodrigo de Freitas".
    Quanto exemplo de Vida (com letra maiúscula, mesmo!), a ser seguido.
    Abraços,

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  2. Tive o prazer de conviver com essa pessoa expetacular!Abraço Neuris,continue essa pessoa simples e de muita fé em Deus!

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