quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Gentil, o mineiro cordato

Gentil Naves Figueiredo é do tempo da política sem salários, preço justo no café e palavra valendo mais do que o escrito
O editor do Blog está em Três Corações, no Sul de Minas.
E hoje mostra um personagem importante na cidade: o mais antigo cafeicultor ainda em  atividade em Minas Gerais,  Gentil Naves Figueiredo, um mineiro de quatro costados, 98 anos, lúcido e ainda ativo para reclamar dos baixos preços do café no mercado internacional e dos altos custos dos insumos no mercado interno.

Ele reclama do preço, mas o faz mais pelo cacoete de todo fazendeiro, acostumado a reclamar do governo e suas promessas nunca cumpridas.
Gentil nasceu em Carmo da Cachoeira, também no sul de Minas, esteve como vereador na primeira legislatura da cidade, lá no início do século passado, sem salário ou benefícios, pois naquela época ser político era dedicação à causa pública e não negócio de vida, como hoje.

O cafeicultor tem duas filhas, Elisabeth e Raquel, um genro e uma neta, Isabela,  morando no exterior.

Dono de memória privilegiada e muitos casos de vida, este mineiro típico gosta de lembrar da usina hidrelétrica que implantou em sua propriedade na Serra das Abelhas, município de Três Corações, durante a segunda grande guerra mundial. “E olha, energizava bem, até mesmo sem estas constantes quedas de energia que hoje ocorrem e que nos faz perder alimentos estocados em freezers e geladeiras.”


Sua fazenda continua muito bem servida de nascentes de água boa e limpa, recebe um córrego de dois metros de largura e apresenta ao distinto público uma preciosidade negra: 23 centenários pés de jabuticabas, carregadinhos, carregadinhos, de frutos doces e frequentados por macaquinhos e quatis, “sócios” anuais a cada temporada.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

O papel de cada um

Paulo Esdras e o papel da Finlândia
O Parque da Barragem tem muitas árvores de grande porte. Não tantas quanto gostaríamos, mas podemos observar por lá as Cassias Grandis, os Ipês, Flambloyants, até um solitário pé de jabuticabas ali a jusante, pertinho do ponto de ônibus. E tem também quatro solitárias árvores (foto abaixo) com história e tradição: o Pinus.
O Pinus foi trazido das Ilhas Canárias pelos europeus para o Brasil em 1880 e disseminado pelo Rio Grande do Sul. Primeiro para ornamentação, depois para madeira, resinas e finalmente para celulose e papel, hoje com 404 mil hectares plantados no país.
Outro dia, na caminhada do pessoal das sete da manhã, o especialista Paulo Esdras comentava com os amigos Josevar Gonçalves e Geraldo Dutra as vantagens do pinus para a fabricação de papel. O pinus tem fibra longa, ideal para papel jornal e embalagens, mais resistente que a celulose de fibra curta do eucalipto, bom para produção de papel de impressão, papel higiênico e guardanapos.
O Brasil produz muita celulose, de fibras longas e curtas, mas ainda importa papel, especialmente papel jornal, dos países escandinavos, Finlândia entre eles, detentores mundiais de know-how para a fabricação de papel de boa qualidade.E a gente pensando que a Finlândia produzia apenas a Nokia. Caminhando e aprendendo.

Ronaldo Almeida e os cliques no parque

Ronaldo Almeida e Glênia Dellaretti moram longe do da Barragem, lá para os lados do alto da avenida Afonso Pena, mas se abalaram de lá, neste domingo, para ver o parque renovado, o enchimento da lagoa, a Ilha do Encantamento. Ela, uma ágil corretora de seguros, da empresa GDL, ele um fotógrafo profissional interessado em novos ângulos, novos clientes. Tem algumas histórias e fotos da barragem, de quando morava no Luxemburgo, e disse que agora sente o parque com mais vida, mais gente, mais árvores, de bom astral. Fez uns bons cliques que os frequentadores verão brevemente publicados pelo Blog do Parque.

Jacques, o prazer estético na arte plástica

Jacques Levy é um homem de múltiplas habilidades. Economista por formação, atuou como consultor, na empresa privada, no governo, viajou, conheceu pessoas , manteve amigos, ajudou um deles outro dia no lançamento do livro “A dama e o luxemburguês”, uma picante história de amor e poder na BH dos anos 40/50, e agora resolveu se dedicar ao que mais gosta: a arte. Abre sua Espaço Arte Jacques Levy, no Funcionários, no dia 9 de novembro, com drinques e bebidinhas o dia inteiro. São 40 artistas mineiros de excelente qualidade, todos renomados.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Depois da tempestade, a sujeira

Depois da tempestade da noite passada, o lago do Parque da Barragem amanheceu sujo e calmo. Os garis, de barco, puderam navegar para a limpeza de detritos jogados nas margens por pessoas sem educação ou noção de higiene. As garrafas pet navegam para o meio da lagoa e competem com os pedalinhos da garotada do aglomerado, que tomou conta da área e pedala o dia inteiro de graça nos barquinhos fornecidos pelo banco HSBC para dar suporte à Ilha do Encantamento.

Hoje, a caminhada da Sorte!

A pista do Parque da Barragem recebe para caminhadas pessoas de todas as crenças, idades, profissões e interesses, inclusive supersticiosos. Hoje cedo, o assunto que dominou a conversa em alguns grupos foi relativo ao almoço, ou jantar desta terça-feira, 29 de outubro, o Dia da Sorte.
Hoje é dia de comer nhoque. E pode ser acompanhado de um belo filé, ao molho pesto ou à bolonhesa. O importante é colocar algumas notas sob o prato, de preferência dólares americanos, moeda forte, sem inflação, ficar de pé, e fazer sete pedidos para cada pedaço ingerido.
Depois é se fartar, como fez São Pantaleão ao ser recebido com nhoque em humilde casa no interior da Itália, onde a lenda começou.
Hoje, coincidentemente, a Igreja católica comemora o dia de São Narciso, aquele que transformou água em azeite.

Mas o pessoal da barragem, na verdade, estava mesmo interessado era em decidir o ponto de cozimento da massa, a grossura do medalhão ou o molho recomendado para não repor as calorias gastas na suada manhã de caminhada.

Ciclistas e pedestres, o confronto na pista

O ciclista Paulo Torres aparece de vez em quando na pista do Parque da Barragem e neste final de semana esteve por lá especialmente para conhecer a instalação “Ilha do Encantamento”, da artista Jannifer Wen Ma, do projeto BHÁsia.

Ele gostou da obra de arte. Acha que este tipo de evento atrai novos frequentadores e, como ciclista, tem reparos a fazer à administração do parque. Há necessidade urgente de delimitação e sinalização da pista para ciclistas, que ele sabe ser a de fora, morador que é do bairro São Bento e que acompanhou construção do parque lá pelos idos de 1996. Caso contrário, o confronto com os praticantes de caminhadas será cada vez mais nervoso, pois as bikes estão mesmo chegando com força a Belo Horizonte.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Enio Bretas, os Anos Dourados estão de volta

Enio Bretas (foto) é um dos músicos mais requisitados de Minas Gerais, maestro e crooner de sua Orquestra Anos Dourados, apresenta-se em casamentos, jantares, bodas, festas de formaturas, de 15 anos, eventos empresariais, sempre com músicas nacionais e internacionais de preferência geral.
Para suportar o estresse das noites frenéticas, Enio relaxa  e retempera as energias com caminhadas vigorosas na pista da barragem, morador que é no São Bento. O músico, que abandonou uma promissora carreira de administrador de empresas pela paixão à música, explica que, dependendo do evento, pode se apresentar com outras formações musicais, como trio, sexteto e a Banda Musicallis, por exemplo com teclado/voz, cantora, guitarra, contrabaixo, bateria, 2 saxofones, 1 Trompete, 1 trombone.
Vai dar uma festa? Procure o Enio: 9955 7147, ou,  eniobretas.blogspot.com


Placa chama atenção da TV Record

Leia o texto desta placa afixada no paredão de prédio na rua Iraí, esquina com Artur Bernardes:
“Atenção Senhores Pichadores. A cada mês que este muro não for pichado, este Condomínio doará uma cesta básica à Associação Comunitária da Barragem Santa Lúcia.”
O texto inusitado chamou a atenção da telejornalista Salua Zorkot (foto abaixo), da Tv Record Minas, que hoje pela manhã estava ali em frente ao paredão entrevistando pessoas e querendo saber se a oferta surtiu efeito.

Alguns chamaram a atenção para o conceito preconceituoso, uma vez que é claramente dirigido à garotada que estuda no Polo Pe. Pavoni e circula por ali em direção às suas casas no Aglomerado Santa Lúcia.

O certo, porém, é que o muro foi repintado há três meses e continua sem pichações.
A telejornalista Salua Zorkot, da TV Record Minas, esteve entrevistando pessoas sobre a placa dirigida a pichadores

Caminhando com o perigo

Há uns dois meses, céu aberto, 11 e meia da manhã, eu caminhava sozinho.Notei três rapazes sentados ali naquele topo, na boca da rota de fuga (foto) , entre o campo de futebol e o almoxarifado da Fundação de Parques Municipais.

Eram ostensivamente suspeitos. Percebi que estava para acontecer um assalto. Retornei, não prossegui, voltei na minha própria sombra. E cruzei com duas mocinhas, de uns 18, 20 anos. Eu tinha quase nada comigo, apenas trocados para uma água, se tanto. Elas, como o diabo gosta. Com tudo em cima: correntinhas, celulares, tênis de marca, pulseiras.
Avisei. “Retornem, retornem comigo que ali estão três suspeitos esperando uma vítima para assalto.”

Não me deram ouvidos. Até me olharam com cara feia. Prosseguiram, nada aconteceu. Ao cruzarmos novamente, pois caminhávamos agora em sentidos opostos, ouvi claramente uma falando para a outra:” esses velhos são preconceituosos.....”

Dois minutos depois, olhei para trás e lá estavam elas no chão: agredidas, sem pulseirinhas, celulares, descalças, uma com um ataque de choro compulsivo, a outra com a testa machucada, gritava. “Eu nunca pensei que isto fosse acontecer comigo.”
Uma delas era linda. Nunca mais as vi no  Parque da Barragem Santa Lúcia.
(Este é um fato verdadeiro, narrado por um frequentador)

domingo, 27 de outubro de 2013

Os Portela, combustível para fugir à rotina

O casal Wanderlan e Sandra Portela gosta de fugir da rotina. Sandra e Wanderlan moram no Gutierrez e elegeram a pista da barragem para os passeios de finais de semana, quando colocam os exercícios em dia, tiram fotos e abastecem sua rede WhatsUp.
Ele está aposentado da área de informática e ela é comerciante proprietária de dois concorridos postos de gasolina da bandeira Shell, a poderosa holandesa. O casal tem três filhos, um médico, um policial federal e um publicitário, além de um neto, novinho ainda, mas dono de todos os carinhos da dupla de corujas.

E Sandra alerta os consumidores: o preço da gasolina vai subir, sim, e brevemente, pois já amentou para eles, os donos de postos, que reduziram suas margens de lucro e não podem segurar este prejuízo por muito tempo.

Orlando e a resistência do produto

Orlando Guerra mora no São Bento. Durante a semana caminha mais perto de casa, ali na av Bento Simão. Mas nos finais de semana, chega de carro até a pista da barragem, deixa o veículo para uma boa lavagem com os meninos da barraca do coco, e se exercita por duas horas, mantendo, assim, este físico longilíneo que carrega desde a adolescência.
Orlando trabalha na Decoralita, a premiada indústria de materiais para casa, como pias, tanques, cubas e lavatórios, localizada no Vale do Jatobá, em Belo Horizonte.

Os produtos Decoralita são compostos de resina de poliéster de alta qualidade, pó de mármore micronizado e uma película que garante a impermeabilização, alto brilho, durabilidade e resistência do produto.

Camilo, levando a vida "comme il faut"

Camilo Campolina (foto) é empresário, foi executivo em bancos mineiros e caminha na pista da barragem com aquele prazer de reencontro com amigos, a boa prosa e a natural crítica ao governo, que ninguém está satisfeito com a impunidade, a leniência do poder judiciário e a cara de pau dos políticos.
Camilo foi presidente do Banco Agrimisa, sócio da Pizzarela do São Bento e hoje, levando as coisas de maneira mais vagarosa, com calma e competência, dedica-se à corretagem de seguros e imóveis, ambos os mercados em compasso de espera, pois com “com esse pibinho aí de esquina dos aflitos, não conseguiremos ir a lugar nenhum”, diz Camilo Campolina, com o sorriso camarada dos bons companheiros

sábado, 26 de outubro de 2013

De sol a sol, Marta malha na vida

Marta Ribeiro (foto) tem sete fôlegos. Joga vôlei, corre, caminha, sua na academia Malhação e ainda tem tempo para ser funcionária exemplar da Caixa Econômica Federal.
Hoje ela esteve na pista da barragem e deu uma paradinha estratégica na barraca do Tião para um coco gelado, antes de dar uma força para o filho que entrava nas provas do Enem.

Ela também comentou o assunto dominante de hoje na barragem, a matéria do Globo Repórter de ontem sobre a vitamina D. Uma tremenda guerra entre endocrinologistas e dermatologistas, pois enquanto estes proíbem terminantemente o sol das 11 às duas da tarde, os outros  dizem que 20 minutinhos diários sem protetor solar, neste horário, produzem a vitamina D, o elixir da longa vida, a vitamina que na verdade é um hormônio e possui 29 importantes funções no organismo humano.

Ao sol, ao sol, todos os dias, de preferência no Parque da Barragem, onde o ar é puro e a primavera mostra sua cara.

Marcio, o caminhante retorna à pista

Marcio Gomes (foto) é um caminhante-visitante-com-saudade-que-retornou-à-pista-da-barragem.

Engenheiro metalúrgico aposentado, com muitos anos de Timóteo, na Acesita, no Vale do Aço, Marcio morava no Luxemburgo. mudou-se para o Santo Antônio, um pouquinho mais longe, e não conseguiu se desgarrar das agradáveis caminhadas na pista da barragem. Nos fins de semana, deixa o carro na garagem, encara um sobe-e-desce infernal pelas íngremes ruas do Santo Antônio mas se compraz pelo prazer da boa conversa com os amigos nas apressadas voltas pelo lago da barragem, como o Arildo Batista, engenheiro como Márcio mas que prefere puxar os ferros na academia a céu aberto ali da praça República do Líbano.

Edila, nos azimutes da vida

Edila Marcia Barcelos (foto) tem uma noção bem acurada de distância, latitude, longitude, espaço e felicidade. Sabe se localizar perfeitamente pelos azimutes da vida e sempre encontra prazer nas agradáveis manhãs que passa com suas amigas em dedos de prosa nas caminhadas pelo parque da barragem, onde coloca em dia notícias e saúde, próximas viagens e quetais.

Edila é aposentada, professora de geografia em cursos de ensino médio e superior, casada com o geólogo José Paulo Barcelos. Tem quatro filhos, um deles, Paulo, está longe, no frio, em Estocolmo, na Suécia. Mas a tecnologia do Skype a coloca em contato sempre, a saudade é minimizada e a vida continua sempre mudando, “assim como a geografia”.

Madock o São Bernés bonachão

Madock é um cão que exige respeito. Este São Bernés, ou bernese boiadeiro, também conhecido por mountain dog, passeia ali no Parque da Barragem todos os dias. Bonachão, pesadão, amigão, tudo nele é superlativo, assim como seus 51 quilos de pura ração especial com a qual seu tratador cuida dele. Celio do Carmo Feliciano diz que Madock é calmo o suficiente para umas poucas voltas pela pista, em passo lento e sempre na coleira. Não estranha ninguém e é animal conhecido por ser bom companheiro.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O preço dos imóveis nas estrelas

Danilo Bellesia (foto) mede um metro e noventa, anda forte pelos menos umas duas horas por dia, é o corneteiro mor dos times de futebol, conhece o jogador certo para cada esquema e jogo e dá boas gargalhadas quando a contestação chega cheia de “você não entende nada de futebol” gritadas pelos companheiros de todo dia como o Sérgio Lopes, Alfredo Santoro, Nelsinho Canaan e Maurinho Reis.

Danilo fala de futebol porque não perdeu o cacoete de jornalista. Ele atuou em escolas de comunicação e rádios, mas hoje, capitalista, se dedica à corretagem de imóveis. Possui boa carteira de clientes e sempre dá aquele conselho padrão para os compradores: visite o imóvel pela manhã, à tarde e à noite, veja o tráfego na rua, observe a vizinhança e faça uma boa prece, porque o mercado anda doido e o preço do metro quadrado sobe mais do que o saque jornada nas estrelas.

Sem medo para caminhar

A jornalista Deborah Rajão (foto) é das poucas pessoas que fazem caminhadas no Parque da Barragem sem receio dos constantes assaltos praticados por bandos de meninos ali pelos lados dos campos de futebol. Ela caminha com uma arma animal, sua cadela “Morceguinha”, uma pastora belga mestiça e muito encrespada, que caminha na coleira juntinha da dona, atenta. Há que ter jeito até mesmo para cumprimentar a jornalista, pois Morceguinha, ali ao lado, acompanha com atenção cada movimento. A pastora belga é dessa raça treinada para dar expediente nos portos e aeroportos, junto com a polícia, cheirando droga e combatendo contrabandistas.
Reborah Rajão tem um programa de grande audiência na Rádio Inconfidência, no dial AM 880, a Revista da Tarde, no qual trata do cotidiano dos mineiros

Eugênio, para resolver problemas

A vontade política de alguns poucos interessados pode fazer toda a diferença na manutenção do Parque da Barragem. Hoje esteve por lá Eugênio Oliveira (foto) assessor do vereador Leonardo Mattos, do PV, que prometeu se empenhar para resolver algumas das muitas questões que abalam a confiança das centenas de pessoas que ainda frequentam o parque.
O maior problema se refere à segurança, ameaçados que somos por bandos de pivetes que diariamente cometem assaltos a pessoas, muitos dos quais com agressão física. Isto apesar da ronda de três guardas municipais que fazem questão de não estar onde os assaltos são cometidos.

A outra será tentar convencer os burocratas da prefeitura a aprovarem o projeto do comerciante Sebastião de Jesus Leite, que pretende aumentar de 9 para 15 metros quadrados suas duas barracas de água de coco e açaí, tão requisitadas pelos frequentadores.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

O entardecer na Barragem

O lago do Parque da Barragem Santa Lúcia está enchendo e já mostra uma face diferente, com a instalação da Ilha do Encantamento, da artista chinesa Jennifer Wen Ma, os pedalinhos, assumidos definitivamente pela garotada da área, e o entardecer de sol que não tem faltado neste finalzinho de semana. 

Presteza e segurança

Os moradores dos bairros Vila Paris, Luxemburgo, Santo Antônio, Cidade Jardim e São Bento estão com a segurança garantida. O profissional Claudio Luiz Alves Dias (foto) tem conseguido atender a todos com presteza e eficiência na instalação e manutenção de portões eletrônicos, interfones, cercas elétricas e mesmo circuitos fechados de TV, que permitem ao morador observar tudo o que ocorre em seu prédio ou residência, diretamente pelas câmeras ou pela internet. Telefone do Claudio Dias: 9950 0692.

Tatiani cuida das árvores e paisagismo

Tatiani Cordeiro é a chefe do Departamento Centro da Fundação de Parques Municipais de BH, uma repartição com cerca de 200 funcionários que atuam em 9 parques e também responsável pela beleza e paisagismo do Parque da Barragem Santa Lúcia. Ela se formou em biologia pela UFMG, tem pós graduação em botânica pela UFLA, Universidade Federal de Lavras, e se especializou em gestão ambiental.
Tatiani promete plantar nos próximos meses, aproveitando a primavera, 30 novas árvores no parque da barragem, que vêm se somar aos oitis, azaléias, palmeiras, paineiras, acácias, ou cassia grandis,  e guapuruvus. Outras 100 árvores serão plantadas nos parques São Bento e Paulo Beirute.
A bióloga informou que oficiou à BHTrans para demarcar a pista de bicicleta do Parque da Barragem e agora é aguardar a burocracia municipal.
Delicada e versátil, a Azaléia é originária da China e se aptou muito bem ao clima brasileiro



Assalto na pista da barragem

Este desabafo de revolta foi publicado ontem no Facebook de Débora Rajão e curtido 148 pessoas, além de inúmeros compartilhamentos e comentários.. Débora e apresentadora do programa Revista da Tarde, da Rádio Inconfidência.



Hoje(ontem) , por volta das 8 da noite, estava caminhando com minha cadela Morceguinha na Barragem Santa Lúcia, em BH, quando presenciei um roubo seguido de agressão física a um casal( uma médica e um dentista) que estava logo atrás, a cerca de 10 metros de distância de mim e da Morceguinha. 

Ao olhar para trás, vi um bando de 5 jovens descendo pela grama e abordando com violência o homem e a mulher, para roubar-lhes. Eles jogaram o rapaz no chão e começaram a bater nele. Em um primeiro momento, fiquei paralisada, sem ação , mas quando vi que os bandidos estavam montados e batendo muito no rapaz, e que eles estavam sem arma, fui com a Morceguinha para cima deles. Ela chegou brava, latindo e avançando sobre os 5, que saíram correndo, sem conseguir roubar os relógios e sem machucar ainda mais o dentista ( ele sofreu um corte profundo na testa e vai levar uns 3 pontos, segundo a esposa dele, que foi a única que teve uma aliança roubada).

A polícia apareceu apenas depois que tudo já havia acontecido e não conseguiu fazer nada.

Essa foi a segunda fez que presenciei esse tipo de agressão a pessoas que usam a praça para praticar atividade física.

A situação lá está cada vez mais grave e nada é feito pelas autoridades.

O incrível é que essas pessoas que praticam esse tipo de crime são sempre as mesmas e já conhecidas na região. Mesmo assim, elas continuam soltas, assaltando e machucando cidadãos totalmente desavisados e desprevenidos, que buscam o local para se exercitar ou relaxar e que, muitas vezes, acabam indo parar no hospital!

Até quando? Até quando?

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Ray exporta cristais esotéricos

Ray Queiroga Pinto lapida cristais de quartzo trazidos da Rússia e os exporta para esotéricos californianos
O empresário Ray Queiroga Pinto tem um negócio “do outro mundo”.
Ele importa toneladas de cristais de quartzo da Rússia e África, via Califórnia, nos Estados Unidos, lapida as pedras com até 1064 facetas e as exporta novamente de volta para a Califórnia. Os cristais chegam e saem de avião, através do aeroporto de Confins.Cujo sócio, lá nos Estados Unidos vende tudo, a preços “do outro mundo” para pessoas e grupos esotéricos.

São os cristais utilizados no mundo inteiro para meditações, preces, curas, limpezas espirituais, ornamentação de templos ou pura admiração. 
O Brasil não possui cristais de quartzo na pureza necessária exigida pelos esotéricos, motivo pelo qual este negócio sui generis de draw back: ele importa sem impostos com o compromisso de exportar as pedras lapidadas num prazo específico.
Ray Queiroga Pinto mora no São Bento e é um dos mais frequentes caminhantes na pista da barragem, onde comparece apenas para passear com seu poodle branquinho, já com 14 anos de idade.
Ray realiza toda a lapidação dos cristais de quartzo em máquinas, com pouquíssimo trabalho manual, em sua empresa ( SAMCO - South American Mining Corporation) instalada no esotérico Jardim Canadá, em Nova Lima, a única no mundo especializada neste tipo de lapidação
“Tenho alguns copiadores, mas nenhum executa o trabalho com a minha perfeição ou no exato grau de complexidade exigido pelo cliente”.
O número de facetas nas pedras determina o uso que o cliente fará com determinado cristal.
Ray participa anualmente  de duas feiras esotéricas para vendas de pedras, no Arizona e no Colorado. Lá é celebridade, com direito a autógrafos e reverência só concedidos aos “escolhidos”.

Os cristais de quartzo servem aos propósitos esotéricos de cura, preces e meditação
Os cristais são encomendados especialmente para os tipos de cura ou meditação desejados

Pacome, do volei para as caminhadas


Pacome (foto) é um nome mítico no meio esportivo mineiro. Carlos Eduardo Guilherme, nem tanto. Mas os dois são a mesma pessoa e fazem caminhadas diárias na pista da barragem, no estilo QT, ou qualquer tempo, faça chuva ou sol, andando forte ou pegando firme nos aparelhos da “Academia do SUS”, ali na praça República do Líbano.
Pacome foi treinador de vôlei do Minas Tênis Clube por 30 anos, filho de Guilherme Adolfo, e hoje é o mais conhecido praticante de caminhadas na pista da barragem.

Dono de um fôlego invejável, especialmente pelas histórias e do bom papo que nunca perde o passo, ele hoje se dedica a escrever artigos para jornais e revistas, e agora também para o Blog do Parque da Barragem Santa Lúcia, sobre comportamento dos jovens, neste conflito típico do século XXI, do esporte versus computador.

O conhecimento para esta orientação vem da experiência adquirida nos anos que passou treinando os jovens jogadores dos times de base do vôlei, masculino e feminino, de viagens que faz pelo mundo e literatura especializada.

Pacome está com 65 anos e mede 1,80 metro, “baixinho para o vôlei atual, mas boa estatura para o de antigamente”.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A maçã apodreceu

A maçã está apodrecendo. Distribuiu pelo mundo o vírus da ganância e consumo a todo custo. Isto é o que sentem consumidores de aparelhos Apple infectados aos milhares pela última atualização 7.0.2 da maçã de Cupertino.
O que ocorre. Dono de iPad 2, para citar um exemplo, comprado ha um ano e cinco meses, recebeu em seu tablet a convocação para atualizar o sistema IOS. Pois bem. Após a atualização, o aparelho que funcionava perfeitamente bem, deixou de funcionar, assim sem mais nem aquela.

Pelo telefone Apple 8007610880 uma simpática mocinha consegue fazer todos os testes, zerar seu iPad, com a perda de todos os documentos, fotos e arquivos e depois lhe manda para as duas únicas “autorizadas” de BH a “consertar” seu aparelho. Mas não existe conserto, o que há é uma indecorosa proposta de troca do desfigurado “antigo” por um “novo” do mesmo modelo, no caso do iPad 2, wifi de 16 GB, num valor de R$800,00 e garantia de 90 dias. Noventa dias. Na próxima atualização, lá se foram mais 800 reais.





À mesa, em casa com amigos

Sérgio Augusto Carvalho é um jornalista que se dedicou à política, com intensa atuação na Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Mas é também um experiente "chef " de delícias culinárias, mais dedicado hoje a servir aos amigos. Aposentado e "bon vivant", um dos bons companheiros de caminhadas matinais na pista do Parque da Barragem Santa Lúcia, Sérgio estréia no Blog com um artigo gostoso. Leiam e soboreiem.


Mercado Gastronômico

Sérgio Augusto Carvalho

O Bistrô Doméstico

            Está crescendo nas grandes cidades uma coisa interessante: pessoas que aprendem a cozinhar com alguma competência estão abrindo suas residências (casa ou apartamento) para receber clientes que queiram degustar as suas comidas.
            Um Bistrô Domestico. Ao invés do restaurante, o cliente vai à casa do cozinheiro. As mesas são montadas na sala e na copa (ou sala de jantar).
            Nada de valete, garçon, cardápio e conta cara.
            Só não sei se a pessoa fica à vontade como num restaurante aonde pode reclamar, derramar vinho na toalha, falar alto, pedir o petisco de uma lista farta, etc.
            Duvidas à parte, cozinhar em casa para um grupo de 10 a 16 pessoas é uma tarefa, se não for boba, das mais fáceis e agradáveis.
            O importante é que quem escolhe a comida é o cozinheiro. Ele cria o cardápio dia a dia. Pode ser anunciado com antecedência ou uma surpresa. Vai cedo ao mercado procurar matéria prima para seu evento. Sabe onde procurar partindo da qualidade do produto, não da relação que existe entre o trabalho e o lucro (muitos compram produtos de segunda para não aumentar o preço do prato).
            Se o peixe não esta fresco, nada de peixe. Se o espinafre amarelou, vamos de taioba. A carne vermelha, diferentemente do peixe, está sempre fresca por  causa da intensa procura. E a relação com o fornecedor (açougueiro) facilita mais ainda, pois ele já sabe como é o corte, a porção e o tipo de carne para cada necessidade do cozinheiro.
            Até o clima permite uma serie interminável de variações no menu. O frio leva às sopas, cozidos, assados, fondues e bebidas mais pesadas.
            O calor sugere saladas, ceviches, caldos frios e tantas outras comidas leves. O resto do ano fica no banho-maria: qualquer coisa entre o frio e o calor.
            O funcionamento do jantar em domicilio (ou Bistrô Domestico) é mais ou menos assim: o cliente liga e reserva tantos lugares para a noite; o horário é o mesmo para todos. Com a lista completa (é possível até saber se o cara tem alguma restrição alimentar – tipo “não posso comer bacon” ), o cozinheiro vai à luta em busca dos ingredientes.
            É possível fazer o mesmo trajeto de compras diariamente. Aí a cabeça não para de funcionar. E o menu da noite vai sendo criado.
            “Esse linguado dá pr’aquele enroladinho com vieiras...”. E se não encontra vieiras? Aí ele leva vantagem sobre o restaurante: se não tem um dos itens da receita, troca por outro. Sempre tudo fresco, nada de congelados.
            Quando é necessário encomendar algum ingrediente o fornecedor não fica numa saia justa, pois não existe prazo para entrega dos pedidos, desde que eles cheguem frescos ao destino – nesse dia o produto entra no cardapio. Assim fica fácil fazer compras em outras cidades ou estados onde certos produtos são produzidos (importados).
             Uma truta produzida na Serra da Mantiqueira pode ser pescada nas primeiras horas da manhã e chegar a BH poucas horas depois.
            Feita a feira, é hora do mis em place. Tanto na sala quanto na cozinha, a organização do trabalho é fundamental para que nada saia errado. Aí entra uma despesa, a possivelmente única que o cozinheiro de domicilio vai ter: um ajudante para operar tanto na arrumação do local da refeição – toalha, pratos, copos, talheres, guardanapos - quanto na preparação do jantar – cortar, picar, lavar, servir.
            Para 16 pessoas é moleza!
            Quem assistiu A Festa de Babette pode ter uma ideia do que é fazer uma bela comida em casa e servir um grupo limitado de clientes com a garantia de que a qualidade do que será servido é intocável.
            Para a ideia ficar ainda mais atraente vem o melhor: o cozinheiro marca a hora do jantar (começo e fim) e serve sem atraso. Quem quiser leva o vinho e paga a rolha. Ou abre uma garrafa da casa – o lucro já aumenta.
            E a função acaba com um café, um licor e a notinha, colocados à disposição na hora marcada. Nada de cartão de credito nem do pendura!
            A limpeza fica por conta de uma máquina de lavar louça domestica, a mesma do dia a dia, e da ajudante do mis em place. 
            Resultado: o cozinheiro satisfez seu ego e os clientes tiveram uma noitada sem atropelos e imprevistos.
            Uma noitada destas com antepasto, entrada, prato principal e sobremesa não precisa passar dos R$60,00 por pessoa – em média. Sem bebida. Para o cliente, muito abaixo do que ficaria num restaurante. Para o dono da casa, um ganho superior ao que teria em um restaurante.
            Lucro possível (sem bebida, sem aluguel, sem encargos, em cinco dias da semana): mais de R$8.000,00 por mês. Limpinhos, SEM IMPOSTO!
            Infeliz – ou felizmente – não dá para um dono de restaurante qualquer pensar em seguir essa ideia. Hoje em dia, poucos são os que sabem cozinhar. Em alguns casos, nunca entraram numa cozinha!

            Dá até vontade de experimentar.
Este é um Bistrô Doméstico parisiense, com o aconchego da amizade e a boa comida à mesa

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Vitório Marçola, a edição de uma vida

Vitório Marçola Leite Barbosa é de família tradicional de Belo Horizonte, tem rua com o nome do avô no Sion, um dos fundadores do prestigiado Automóvel Clube, e frequenta o Parque da Barragem nos finais de semana. Dá uma voltinha por ali, deixa o carro para uma lavagem completa com os rapazes da barraca do coco e, no mais, aprecia mesmo é uma boa conversa.

Vitório Marçola trabalhou por mais de 30 anos na prestigiada editora das Páginas Amarelas, do grupo paulista Gilberto Huber, que afinal não conseguiu acompanhar os tempos tecnológicos da informática e internet e foi à falência com seu império de papel. A maior preocupação de Marçola hoje, porém, é com seus seis netos, aos quais se dedica “full time” para a alegria de toda a família.

Ricardo foi dono da Casa das Rendas

Ricardo Curi, 70 anos, é bem conhecido na pista da barragem. Caminha diariamente, sete dias por semana, em passo apressado, e mantém um corpo invejável para seus 1,84 metro. Ele estabeleceu esta rotina há 30 anos, não sai dela, e explica que a caminhada o impede de ficar triste. E alegria é o que mais tem para oferecer à sua mulher Consuelo, às quatro filhas e oito netos.

Ricardo foi comerciante, dono da Casa das Rendas, mas há alguns anos se desfez do negócio para melhor aproveitar a vida, nesta fase na qual os homens ficam mais sábios e as preocupações mais distantes. Ele sempre morou em Lourdes, primeiro com seus pais na rua Santa Catarina, e agora apenas mudou de rua, passou para a Curitiba, de onde já sai a pé para a pista da barragem.

A boa carga de cada um


O casal Armando e Marcia Vieira (foto) faz caminhadas na pista da barragem juntos. Mas somente nos finais de semana, pois ele é da turma fanática que de segunda a sexta chega para seus exercícios às cinco e trinta da manhã, chova ou faça sol.
Armando Vieira Filho trabalha com comércio exterior, com logística integrada, alguma coisa referente a terminais de carga, é falante, não desgruda do chapelão,  e está de bem com a vida.
Alegre e expansivo gosta de viajar, e junto com Marcia estão sempre procurando novos destinos. Ela, funcionária do Tribunal de Contas do Estado, explica que agora o casal tem um destino mais ou menos fixo, as ilhas Trinidad e Tobago, em frente á costa da Venezuela, no “centro das américas”. É que o filho trabalha lá, para a ArcellorMittal e “você sabe, afinal  o netinho precisa do aconchego dos avós corujas.”


domingo, 20 de outubro de 2013

Antonio conta os passos que a barragem deu

Antônio de Fátima da Silva frequenta o parque da barragem desde a sua criação, em 1996, mas antes disso já morava por ali, e pode contar todos os passos dados na construção da pista de caminhada, o plantio da grama, a arborização planejada, a instalação das barracas de bebidas e alimentos, a construção recente dos banheiros, um alívio para os frequentadores.
Antônio de Fátima da Silva pouco sorri, tem 57 anos, uma filha que mora com a mãe e diariamente acompanha com os olhos os praticantes de caminhadas.
Antonio perdeu a perna direita num atropelamento quando tinha 25 anos. Colocou uma prótese acima do joelho e continuou trabalhando como apontador do jogo de bicho, pagando a previdência social como autônomo.
Aos 49 anos, em 2005, ali no aglomerado, foi atropelado novamente. E perdeu a outra perna. Hoje usa duas próteses, anda de muletas e passa horas, ali na barraca do baiano açaí, vendo as pessoas caminharem.

Os problemas que as caminhadas provocam

O Dr. João Figueiró é cirurgião especialista em pés e tornozelos do Hospital Madre Tereza, pratica corrida, tem saúde invejável, e outro dia, em visita à barragem, e a pedido do Blog, deu alguns conselhos sobre os procedimentos de, numa caminhada, sentirmos uma torção ou dor no pé.

“As torções mais comuns são as de tornozelo, com graus que vão de uma entorse simples a até uma lesão de ligamentos. Gelo local de imediato é sempre bom para diminuir a inchação. Em seguida, enfaixamento compressivo ou colocação de tornozeleira por períodos de uma semana a dez dias, mantendo-se o pé elevado o máximo possível no período.”

Segundo o médico João Figueiró, “nos casos com dor mais intensa e inchação (edema), que se forma rapidamente, o melhor mesmo é procurar um posto de atendimento,  pois uma fratura de tornozelo associada pode mesmo exigir cirurgia”.

“As pessoas portadoras que têm pé cavo (arco plantar elevado) têm mais predisposição a entorses e necessitam de palmilhas para  melhorar o apoio, ou estabilizadores de tornozelos, muito usados por profissionais do basquete e tênis.